quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Temas que podem ser pedidos no ENEM: DROGAS

aulas para as segundas fases etc
fale comigo aqui no blog nos comments
SÓ AULA PARTICULAR
FONE FIXO DA SALA DE AULA 32713311



Só se limite a ler, mas quem quiser, produza um texto e me mande, vindo para a aula, ou não.
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OPCIONAL

Periféricos para a redação. Artistas que morreram por overdose...
30 famosos que morreram com menos de 30 anos
Fonte: Gente - iG @ 




PROBLEMA

..... Às vésperas da II Guerra Mundial, Franklin Delano Roosevelt, presidente norte-americano na época, pressionou o então presidente brasileiro, Getúlio Dornelles Vargas, a proibir a venda dos cigarrillos de marijuana em nosso país, que eram livremente comercializados. Sendo a marca Guarany a mais vendida. Além dessa proibição, Roosevelt também incluiu a restrição ao livre comércio da morfina no território nacional. Com isso, o governo brasileiro criou várias restrições a esse comércio, os resultados disso repercutem até hoje. Por exemplo, o Brasil é o país, hoje, que tem a menor comercialização de morfina na região. O Uruguai, que é o menor país do continente, tem um comércio de morfina maior do que o nosso. Com isso, criou-se uma conscientização ao uso discriminado dessa droga, tornou-se uma droga altamente restrita.

Quanto às drogas ilícitas, descrevi neste jornal, em 26 de junho de 2017, o panorama sobre o uso e abuso de drogas ilícitas no Brasil – cocaína, crack, opioides – que vem se agravando. O registro dessas substâncias saltou de 0,8% para 7,3% na última década, segundo dados do IBGE. Entre adolescentes do sexo feminino de 13 a 17 anos, o índice de usuários foi de 6,9% para 9,2% nesse período.
Não podemos continuar batendo exclusivamente na tecla de prevenção às drogas sem identificar e tratar de forma adequada as doenças mentais. Na puberdade, a procura pelas drogas ocorre justamente porque os jovens não suportam a depressão, para mascarar os sintomas buscam um tranquilizante. O mais comum deles é a Cannabis, que num primeiro momento age como sedativo no sistema nervoso central e num longo período vai sedando e deprimindo e muitas vezes desencadeando processos esquizofreniformes. Quando os usuários percebem que a maconha já não faz efeito, substituem-na pela cocaína, que provoca euforia momentânea e, com seu uso prolongado, provoca a depressão.
Quando a cocaína agrava o problema, o que acontece? Muitos desses jovens têm aumentados os seus problemas mentais ou se suicidam, por isso percebemos a piora do quadro no Brasil, com perfil de idade mais tenra e mais precoce. Precisamos focar nossa atenção nesses problemas, que serão um problema cada vez mais grave.
Contudo, do que temos que ter clareza é que as drogas são um problema de saúde coletiva que atinge cada vez mais pessoas, que não têm a percepção dessa doença. Estão contaminadas e com isso tentando contaminar mais seguidores. Estamos diante do risco de termos walking deads, verdadeiros zumbis inumanos! 

 

 CAUSAS DA DEPENDÊNCIA EM DROGAS ILÍCITAS NA ADOLESCÊNCIA

 (...) o adolescente está sempre em risco de “entrar em pane”, porque ele precisa realizar uma série de “operações fundadoras”. É como se o sujeito se encontrasse frente a uma espécie de separação entre si e a sociedade. Nesse processo ele se encontrar entre o seu lado infantil  com suas  identificações familiares e, do outro, novas e atraentes possibilidades identificatórias disseminadas em sociedade. O amigo, o grupo, os ídolos podem passar a influenciá-lo.

 Desta forma, o adolescente ocupa uma “posição no intervalo”, na qual, por não ser mais criança e tampouco ser adulto, atravessa um período de indecisão subjetiva e de incerteza social que adquire as características de uma verdadeira crise psíquica.

Frente às mudanças que ocorrem na adolescência,  surge uma forte necessidade de buscar meios para lidar com os conflitos daí decorrentes. Nesse sentido, embora a maioria dos jovens seja contra o uso de drogas, muitos se deixam levar pela chamada pressão do grupo.

 Nesse contexto, a exposição e a convivência com as drogas constituem um duplo desafio. Para o adolescente, o desafio é representado pelo fácil acesso à transgressão e à fuga dos conflitos inerentes a esta fase. http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v26n4/05.pdf

     MAIS CAUSAS
  Problemas pessoais e sociais;
     Influência de amigos, traficantes assim como da publicidade de fabricantes de drogas lícitas;
      Sensação imediata de prazer que produzem;
     A facilidade de obtenção dos produtos;
       Desejo ou impressão de que elas podem resolver todos os problemas, ou aliviar as ansiedades;
       Fuga à realidade;
      Estimulação que leva à potência para agir
       Acalmar;
       Inspirar;
       Fortalecer;
      Aliviar dores, tensões, angústias, depressões;
      Aguentar situações difíceis, privações e carências;
       Encontrar novas sensações, novas satisfações;


 CONSEQUÊNCIAS DO USO DE DROGAS ILICITAS

As drogas são problemas que integram praticamente todas as sociedades contemporâneas, o resultado negativo decorrente a isso é de ordem social e econômica. Social, pois desestrutura a família e econômico por gerar diversos custos para o governo que na maioria das vezes mantém o tratamento. 
Aumento do poder no narcotráfico e da violência social
Incapacitação do jovem viciado em drogas que para de estudar e de trabalhar

PROPOSTAS DE INTERVENÇAO

Nesse sentido, a base para o não ingresso dos jovens nesse mundo quase sempre sem volta está na família e na escola. A primeira deve dialogar, conhecer as amizades, esclarecer sobre o perigo das drogas, e ensinar valores humanos e valorização da saúde e da vida. A segunda pode promover palestras, depoimentos, visitas de policiais, médicos entre outros profissionais que estão diretamente envolvidos no processo de prevenção das drogas e tratamentos.
 No entanto, quem mais tem contato com o aluno são os professores, desse modo cabe a ele sempre que possível abrir momentos para discussões acerca do assunto, o tema não é de incumbência somente de determinadas disciplinas, mais sim de todas. O professor desenvolve um grande poder de influência, além de ser um formador de opinião, e é justamente nesse contexto que insere o seu papel. 
Diante desse fator o educador pode implantar atividades vinculadas ao tema, muitos professores e também grande parte das direções pensam ou indagam sobre o conteúdo programático e o tempo gasto para concluí-los e que as pausas para as discussões sobre o tema podem prejudicar, esquecem que a palavra “educação” é bem mais abrangente, trata-se da formação do indivíduo como um todo de maneira que possa integrar a sociedade pronto para a vida. Se a função da escola é educar, por que não ensinar as nossas crianças, adolescentes e jovens sobre o risco que correm no uso de drogas?

P
https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/a-funcao-educador-no-combate-as-drogas.htm



terça-feira, 30 de outubro de 2018

Periféricos/ redação do Enem. Distopia. Sociedade de controle. Nós, livro de X=Zamiátin


Livro que influenciou George Orwell na elaboração de 1984

ASSUNTO: A SOCIEDADE DE CONTROLE
NOME DO LIVRO E DO AUTOR:  
“ Nós, de  Ievguêni Zamiátin

'Com a ascensão de Donald Trump à Casa Branca, os títulos do gênero retornaram às prateleiras e listas de mais vendidos, o que faz de 2017 um ano propício para o resgate da obra do russo Ievguêni Zamiátin (1884-1937), tido por muitos como o pai da distopia. Escritor, editor e dramaturgo crítico do regime soviético, Zamiátin viu seu principal livro, Nós, ser censurado. A obra só foi publicada em 1924, nos Estados Unidos, quando um manuscrito cruzou a cortina de ferro e foi traduzido.
No futuro distante de Nós, a pequena fração da população que sobreviveu a uma guerra se submeteu ao Estado Único, uma ditadura totalitária que supre as necessidades do povo e suprime seus direitos. Governada pelo Benfeitor, eleito anualmente por unanimidade e sem oposição, a sociedade é completamente livre de diversidade. Identificados por números, todos perderam suas individualidades e vivem em casas de vidro onde só podem baixar as cortinas nas duas “horas pessoais” às quais têm direito diariamente. A vida sexual é controlada por talões com tíquetes rosas cujos canhotos devem ser assinados pelos parceiros registrados previamente junto ao Estado. Ditada pela “Tábua das Horas”, um cronograma unificado, a rotina de atividades, trabalho, exercícios físicos e refeições é comum a todos. Em dado momento, uma pintura “antiga”, do século 20, de uma avenida cheia de pedestres heterogêneos, é descrita no livro como “inverossímil” – afinal, no Estado Único todos vestem os mesmos uniformes azuis.
A narrativa é em primeira pessoa e Nós é, na verdade, o caderno de anotações de D-503, engenheiro responsável pela construção de uma espaçonave. As notas do protagonista são um relato documental de sua sociedade, mas também apresentam tom confessional e digressivo. Um verdadeiro burocrata dos números, D-503 muitas vezes não sabe se expressar a não ser pela matemática. “A liberdade e o crime são tão indissoluvelmente conectados entre si como… Bem, como o movimento do aero e sua velocidade: se a velocidade do aero = 0, então ele não se move. Se a liberdade de uma pessoa = 0, então ela não comete crimes”, escreve em uma de suas anotações.
No início, o protagonista vê a moral como um problema matemático, e até mesmo as descrições que oferece são geométricas: “suas sobrancelhas escuras subiam alto até as têmporas, formando um engraçado triângulo agudo que apontava para cima”. À medida que D-503 se envolve com I-330, uma mulher misteriosa e subversiva, até mesmo a linguagem que ele utiliza fica mais subjetiva e hesitante. O contato com um grupo rebelde o faz ser diagnosticado com uma grave doença: a imaginação.https://alias.estadao.com.br/noticias/geral,distopia-que-influenciou-1984-e-admiravel-mundo-novo-e-lancada,700

DÊ SÓ UMA OLHADA NA BIOGRAFIA DO AUTOR QUE INSPIROU GEORGE ORWELL EM 1984.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Yevgeny_Zamyatin





PERIFÉRICOS P O TEXTO DO ENEM: BEM COMUM EM ARISTÓTELES




CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS PARA  PARA DAR SUSTENTAÇÃO À SUA ESCRITA






 CONCEITO DE BEM COMUM EM ARISTÓTELES



Artigo veiculado na 26ª edição do Jornal Estado de Direito, ano IV, 2010.

Wambert Gomes Di Lorenzo*

Aristóteles propõe: Ora, esse é o conceito que preeminentemente fazemos de felicidade. A felicidade é o outro nome da dignidade da pessoa humana. Não sendo apenas o fim último da pessoa, felicidade é o fim absoluto da própria política e é o fundamento do próprio princípio bem comum.
A felicidade é um estado de auto-suficiência, aquilo que, em si mesmo, torna a vida desejável e carente de nada. Entretanto, Aristóteles não entende por auto-suficiente aquilo que é suficiente para um homem só, para um misantropo. Para ele, o suficiente passa pela vida comunitária resultante da natureza social da pessoa, não sendo possível à pessoa atingir seu sumo bem em uma vida apartada.
Não se compreenderá o bem comum, se este for assimilado como bens das pessoas consideradas individualmente. Ele não é a simples coleção de bens individuais. Tampouco pode ser compreendido como um estado de beatitude coletiva, um êxtase comunitário, uma felicidade geral, um bem de um todo que beneficia a si mesmo sacrificando as partes, porquanto não é o bem do todo, mas de todos. Não é a soma de bens individuais, mas é o bem de todos e de cada um. De natureza indivisível requer um esforço comum para sua realização e manutenção. Ele se realiza no tempo e no espaço e é o fim da vida social.
Não é um fim isolado, mas se funda nos fins últimos das pessoas, sendo um bem necessário para a realização dos fins últimos. (...)


O bem comum não exige que os membros de uma comunidade tenham os mesmos valores e objetivos, ele é o lugar comum de bens próprios da natureza humana, bens individuais comuns a todas as pessoas.
Ele obriga a comunidade a garantir as condições para a realização dos valores pessoais, sem assumir como seus esse fins individuais. Tais bens correspondem a necessidades que revelam a insuficiência do indivíduo, da família, ou mesmo de comunidades, na realização ou subsídio dos meios de realização dos fins últimos.


(...) Também o princípio de correlação afirma que o bem comum não pode existir a despeito do bem das pessoas, aliás, o bem comum é o bem das pessoas. A corrupção de tal princípio gera dois extremos: a subordinação do bem comum a um bem individual e o aniquilamento do bem da pessoa em face de um bem coletivo e total.
A realização do sumo bem de cada um, quer dizer, de sua felicidade ou dignidade depende da realização de fins intermediários os quais poderíamos chamar de meios, ou bens contingentes. Bem considerado como coisa necessária à satisfação das necessidades que aproximam a pessoa do seu estado ideal de auto-suficiência.

* Advogado. Professor na PUCRS. Autor do livro Teoria do Estado de Solidariedade: da dignidade da pessoa humana aos seus princípios corolários, publicado pela Editora Elsevier.
 http://estadodedireito.com.br/




quinta-feira, 18 de outubro de 2018

OS PRÓS E CONTRAS DA ATUAÇÃO DOS INFLUENCIADORES DIGITAIS. ATENÇÃO: ESTE EXERCÍCIO NÃO É PARA O ENEM.







Muito se fala sobre influência e influenciadores digitais. Apesar disso, quase nunca paramos para refletir de maneira crítica sobre os perigos dessa influência.


É fato que jovens sempre foram influenciados por ídolos. Vivemos em sociedade e somos influenciados por ela. Jean Paul Sartre, John Lennon, os ídolos da contracultura; Osho, o guru indiano levou  milhares a embrenharem-se por uma espécie de fanatismo esotérico...
 Não se pode negar que ídolos exercem  boas, más, boas e más influências. Porém precisamos refletir que a maioria dos influenciadores digitais ligam-se à sociedade de consumo e tanto que muitos recebem patrocínio das grandes marcas. Pensemos no quanto esse poder influenciador não é manipulado por interesses mercadológicos.  Questionemos a respeito do quanto essa influência pode comprometer o grau de verdade ou melhor , da genuinidade do conteúdo que busca influenciar.
Dedicados a passar grandes períodos de tempo dia na Internet e interagindo por menos tempo com a família os jovens podem tornar-se mais vulneráveis a seguir os ditames dos tais influenciadores digitais.
Até que ponto podemos dizer que o contato com os influenciadores digitais agregam benefícios à formação dos jovens?  Sim, há boas influências, não se pode negar.
PROPOSTA: escreva um texto dissertativo em que discuta os prós e contras da atuação dos influenciadores digitais. Não deixe de construir uma tese poderosa e singular.
Texto 1
Dito isso, pode-se notar um dos lados que reflete a nova economia: as redes sociais como fonte de renda e inspiração. Com ela não se ganha mais apenas curtidas ou uma legião de fãs, mas influência, poder aquisitivo e independência, especialmente aos mais jovens. Pessoas, mais do que nunca, têm em mãos o poder de se transformar em mercadoria. O que antes era coisa de celebridades de Hollywood agora está ao alcance de todos. Tal premissa ganhou o nome de digital influencer. O influenciador digital é um termo designado para pessoas bem relacionadas no mundo virtual, com alcance de voz e imagem a milhões de pessoas. Assim surge mais um nicho no mercado frenético das redes.
De início, as celebridades das redes sociais eram interessantes porque eram diferentes das que apareciam na TV. Pessoas reais, não personalidades montadas para agradar o público e serem politicamente corretas. Mas, à medida que os perfis passaram a ter uma dinâmica de negócio, nem todo mundo conseguiu manter seu valor inicial. Originalidade e humanidade começaram a ficar cada vez mais raras na internet, e, inevitavelmente, essa premissa acaba invadindo o mundo real. O resultado: não é saudável nem para quem consome o conteúdo, nem para quem o produz.
Com as barreiras entre real e virtual se misturando, nota-se que, quando o virtual começa a ser tomado como única realidade, as coisas podem ficar perigosas. A jovem australiana Essena O’Neill, com 18 anos, mais de 600 mil seguidores e muitos contratos com marcas, cansou da vida de webcelebridade e chutou o balde de maneira inesperada. “Eu nunca estive tão miserável. Likes, visualizações e seguidores não são amor.”, desabafou em sua rede social. No perfil antigo, começou a escrever verdades tristes sobre as fotos que postava.
Com bons exemplos no meio do caminho, pode ser que a nova geração encontre meios para criar um cenário digital não superficial. A ascensão de ídolos jovens reais, cheios de ideias transgressoras, abre espaço para discussão e expansão de um pensamento livre do conservadorismo do passado. O tema ultrapassa gerações e traz reflexão.
Nesse caso, um dos pontos mais positivos da internet é criar um espaço democrático e seguro para que as ideias fluam além das barreiras físicas. No livro Sociedade em Rede, lançado em 1996, o sociólogo espanhol Manuel Castells discorre sobre os reflexos da sociedade em rede na economia e na convivência social em todo o mundo a partir do fenômeno da internet que emergia há 20 anos. Segundo ele, o papel da sociedade em rede era o de mudar os valores sobre os quais a sociedade está organizada. “O que as tecnologias fazem é proporcionar um amplo leque de possibilidades. O que acontece, depois, com as tecnologias, depende do que acontece na sociedade.”
Em 2008, o youtuber e ativista LGBT Tyler Oakley fez um vídeo sobre autenticidade, contando como era importante sair do armário e se assumir gay no momento certo. Anos depois, já com alguns milhões de inscritos em seu canal, ele recebeu no Twitter uma mensagem do cantor Ricky Martin, dizendo que o vídeo foi parte importante para que ele assumisse publicamente sua homossexualidade.
Dizer que “essa geração está perdida” porque “só fica na internet” é falacioso. A questão central na reinvenção dos digital influencers é justamente criar laços mais saudáveis. E, além disso, os nativos digitais já conseguem, através de uma linguagem muito democrática, desconstruir paradigmas para avançar socialmente. A profundidade de pensamento não precisa ser difícil. O valor deste novo ídolo não está na projeção de uma utopia, mas na representatividade e na identificação.
( ...) Uma contracorrente de pessoas tangíveis, com maturidade e consciência ganha força. Esta leva de influenciadores digitais representa não só a si mesma, mas uma parcela da população que encontra uma voz para ecoar seus sentimentos, angústias, desejos e lutas.
( ... ) Alguns podem argumentar sobre os malefícios da conexão quase que integral com o mundo digital. Mas a exposição se amplia um jeito bastante positivo. A internet é cenário de debate de assuntos importantes, traz à tona o diálogo, dá voz às minorias e desmistifica antigos tabus. Enquanto na escola se falava sobre o feminismo de quase 60 anos atrás, hoje ele é assunto constante, atual e que ganhou muita força depois de se propagar nas redes sociais.
Jout Jout é uma das meninas que passou a abordar o feminismo em seu canal. Ela influencia garotas a reconhecer relacionamentos abusivos, por exemplo, além de mostrar para os garotos que o conservadorismo machista já não cabe mais na sociedade e precisa acabar de uma vez por todas.
Dona do canal Afros e Afins, Nátaly Neri, 22, fala sobre moda acessível, negritude e temas sociais. Jovens como a Nátaly conseguem dialogar de maneira direta e mais fácil com os demais por meio das redes sociais, alcançando não só um público mais abrangente, mas elevando o debate e até mesmo a autoestima de quem assiste, porque a representatividade é uma maneira ter pautas contempladas e sua imagem celebrada. http://pontoeletronico.me/2016/reinvencao-idolos/
Texto2
 A reputação é um dos valores mais importantes e está relacionada à percepção construída de alguém pelos demais interlocutores. Seria uma consequência de todas as impressões dadas e emitidas deste indivíduo. Pode ser influenciada pelas ações, mas não unicamente por elas, pois depende também das construções dos outros sobre essas ações. Entretanto, na Internet é permitido um maior controle das impressões que são emitidas, auxiliando na construção da reputação. Por intermédio da reputação é possível selecionar em quem confiar e com quem transacionar, é, assim, um julgamento do outro, de suas qualidades. O que não é avaliada pelo número de seguidores, mas pelos interlocutores que “confiam” nas suas ações e agem de acordo com o que foi transmitido por pelo usuário-mídia, pode-se compreender tais seguidores como fãs, que a consideram como ídolo. A reputação
As informações e as ações pessoais que são transmitidas no perfil de Thaynara OG implicam a formação de sua reputação e constroem as impressões que seus seguidores têm a seu respeito. Referem-se às qualidades percebidas pelos demais membros de sua rede social. Por meio das publicações analisadas é possível compreender algumas possíveis justificativas para a construção da reputação da usuário-mídia estudada. A transmissão de conteúdos pessoais, com linguagem informal utilizada e a forma simples, sem produções, traz a percepção de que a interlocutora é “gente como a gente”, faz com que os seguidores se identifiquem com as publicações e ações divulgadas pela maranhense. Exemplo de atividades que formam o valor social de reputação de Thaynara OG tem-se na ação promovida no período natalino para a arrecadação de brinquedos para fundações que abrigam crianças, em que a usuária pessoalmente entregou e interagiu com os órfãos. Os presentes foram entregues em lojas do Grupo Melissa, no Maranhão. As doações também tiveram apoio de seguidores que a encontraram em uma atividade publicitária em Salvador ou pelo envio direto a sua caixa postal. Exemplo que demostra a percepção que o público dispõe de Thaynara por intermédio das ações e da transmissão de conteúdo, resultado da visibilidade alcançada pela frequência de suas publicações, possibilitando a conclusão da relação de todos esses critérios e de como ela se torna uma usuário-mídia notória e, assim, classifica-se como influenciadora digital é uma percepção qualitativa, relacionada a outros valores agregados. http://portalintercom.org.br/anais/norte2017/resumos/R54-0837-1.pdf
Texto 3
Imagine que você precisa tomar uma decisão urgente e complicada. Após fazer uma análise própria da situação e tentar chegar a uma conclusão, se essa dúvida ainda restar lá no fundo, o que você faz? Você procura alguém de confiança para pedir um conselho, certo?
Os influenciadores funcionam como esse conselheiro, mas em escala muito maior graças ao público que constituíram. Essa relação pode ser extremamente saudável, principalmente se a informação ou conselho propagado for informativo, construtivo e positivo.
Essa informação vai atingir desde as pessoas mais leigas até as entendidas e estudadas sobre o assunto, desde que façam parte da audiência do influenciador.
E o que isso gera? Interação! A informação do influenciador faz com que as pessoas se proponham a desconstruir ideias e pensamentos e a compartilhar experiências próprias, criando uma rede exclusiva de conhecimento. http://blog.wearehuman.com.br/o-que-sao-influenciadores-na-midia-e-qual-o-papel-deles-na-sociedade/

Texto 4

Não sou fã dos Porta dos Fundos, porém recentemente o canal lançou um vídeo super interessante sobre influenciadores digitais, mais uma das modinhas dos últimos anos. O vídeo satiriza os motivos para tantas pessoas seguirem influenciadores digitais e questiona o que exatamente essas pessoas têm como atrativo para serem consideradas pessoas de influência.
Cada vez se torna mais comum encontrar agências e equipes de marketing sugerindo o uso de influenciadores digitais para campanhas de marca, atingir mais clientes e aumentar as vendas. O interessante aqui é pensar até que ponto isso realmente funciona. Particularmente, fiz algumas experiências no passado e posso dizer com absoluta certeza – ROI ZERO.
Sim, mesmo seguindo algumas “regrinhas básicas”, como analisar o engajamento por número de fãs, por exemplo, o retorno continua sendo nulo. E depois das “fábricas de fãs”, descobertas no sudeste asiático, convido a todos que usam este tipo de estratégia para uma reflexão sobre o assunto.

Todo profissional de marketing procura atalhos para garantir um bom resultado, com menor custo, maior alcance de campanha e maior engajamento, mas temos isso com os tais influenciadores digitais?
Neste artigo da Shareen Pathak, a executiva de mídia digital diz que “jogamos muito dinheiro para eles”, e é verdade. Empresas e agências criaram esta bolha de supervalorização deste tipo de atividade e, lá na ponta, qual o resultado mais deprimente? Adolescentes que sonham em ter como profissão ser um influenciador digital. Give me a break!
Esta cultura do espetáculo leva a acontecimentos como a tragédia recente em que um casal resolveu gravar um vídeo onde a mulher atirava em um livro no peito do namorado para ganhar mais viewers. A ideia acabou matando o homem em transmissão ao vivo e levando a mulher grávida para a prisão. É esse tipo de influência digital que estamos buscando?
A sociedade do espetáculo, já analisada por Guy Debord desde 1931, nunca foi tão bem evidenciada quanto hoje com os influenciadores digitais. O corpo tornou-se espetáculo, a fala, a rotina, os acontecimentos mais banais. Muito mais perigoso do que isso: a busca incansável pelo espetáculo traz resultados desastrosos, para a sociedade e para as campanhas.
Essas estrelinhas das mídias sociais podem até fazer com que sua marca seja vista por mais pessoas, mas a visibilidade não será necessariamente positiva. Na maioria das vezes as marcas não sabem quanto pagar, o influenciador não sabe o quanto cobrar e não tem a menor noção de orçamentos. O custo normalmente alto para ser citado por um influenciador digital pode ser revertido em investimentos muito mais inteligentes em termos de marketing digital, ações que geram resultados reais.
Bom, sou fã do ROI desde 1999, quando comecei a fazer propaganda na web, e como pioneiro na mensuração de métricas de digital marketing, não fui mordido por esta modinha. Sim, testei. Os resultados foram horríveis e deixei para os aventureiros menos determinados a rentabilizar o orçamento de marketing.
Já podemos prever que os influenciadores digitais vão perder sua força com o tempo. Mas quanto tempo será necessário para que as pessoas e as marcas percebam que seu número de seguidores não significa nada além de um número?
* Adriano Meirinho é CMO e co-fundador do Celcoin, aplicativo de serviços financeiros para quem não possui conta em banco. https://dev.meioemensagem.com.br/home/proxxima/noticias/2017/07/19/os-influenciadores-digitais-estao-te-influenciando-ao-erro.html

 Texto do porta dos fundos que critica os influenciadores digitais
https://www.youtube.com/watch?v=qjX_M8niK5I
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OPCIONAL: OS PERIGOS DA INFLUÊNCIA. VÍDEO MAIS DENSO. SÓ PARA QUEM TEM TEMPO ...

https://www.youtube.com/watch?v=-B9XmzmWI1Q






quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Leonardo em: " fake news e o momento eleitoral"

Leonardo foi bem, ainda que tenha se perdido em alguns momentos. Ele parece ter-se desviado da proposta da professora do UOL. Era para avaliar o quanto as fake news estão prejudicando as atuais eleições. A mestra do UOL, inclusive, queria saber se haveria chance de votar, de modo consciente, numa instância como a atual,  ou seja, a de notícias falsas.

Aqui o texto dele e minhas anotações.

Prefiro não dar nota pois, ainda que a produção tenha qualidade de conteúdo, o que mereceria notaçoooo, o fato é que ele escorregou na explicação do que seja a chamada clusterização (Termo em inglês mas já adotado no País, embora não nos dicionários) feita por meio do algoritmo. 

https://conteudosdaredacaodovestibular.blogspot.com/2018/09/redes-sociais-e-manipulacao-politica.html


            THE END
                 
* Aqui fica mais simples entender o que é a clusterização, ainda que o site seja voltado ao marketing. Não vá para o vestibular, sem saber o que seja isto.

http://marketingpordados.com/analise-de-dados/publico-alvo-cluster-e-persona-voce-sabe-diferenca/


A política dos algoritmos

         Jornais, revistas e televisões eram alguns dos meios mais utilizados para adquirir informações até o século passado. Com o avanço da internet, tornou-se possível obter maiores quantidades de informações em menor tempo E, na tentativa de organizar tanta informação, criaram-se os programas de clusterização  que, utilizando os algoritmosdirecionam mensagens para  pessoas com características semelhantes.Todavia, tal direcionamento pode ser  prejudicial ao âmbito político, uma vez que facilita a disseminação de notícias falsas.


         Nas redes sociais  os internautas costumam agrupar-se em perfis semelhantes, o que facilita a clusterização. Assim, torna-se fácil classificá-los e destinar-lhes mensagens compatíveis com seu perfil. Isso os deixa mais vulneráveis às “fake news”.

         Ademais, a precária educação dos internautas dificulta  a compreensão das mensagens e faz com que  adira às fake news.  Um outro fator  para a disseminação dessas noticias é aquilo que Noam Chomsky chama de bombardeio de informações. Por  meio dele,  surge a  dificuldade de discernir entre o falso e o verdadeiro.

         Assim sendo, tem-se que, nas redes sociais, os algoritmos possibilitam a dispersão das “fake News”, utilizadas para a manipulação política. Desse modo, faz-se necessário que essas redes adotem recursos capazes de denunciar as “fake News” por intermédio de mensagens, conscientizando a população sobre a necessidade de pesquisar e denunciar as notícias falsas, com a finalidade de tirá-las de circulação.

            THE END


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AULAS DE REDAÇÃO, GRAMÁTICA, INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS, LITERATURA E FILOSOFIA.
ON LINE OU NA ACLIMAÇÃO
https://www.facebook.com/aula.de.redacao.online/?eid=ARAxrRRkuAgx_AliUkbTHYeb4MDH6qk47AA4js3qSA1FfMqYKh3VTXSzNrxu4ORQCXPqmQwHEb3Mu_R6

terça-feira, 16 de outubro de 2018

TEMA: CORRUÇÃO BRASILEIRA


A partir da leitura dos textos e de suas reflexões individuais, redija uma dissertação, de 20 a 30 linhas, em que exponha sua opinião a respeito da cultura de transgressão das leis, tão comentada no Brasil de hoje.

Ao falar da corrupção como algo socialmente aceito no Brasil, Karnal viajou ao século XV. “A corrupção é uma característica colonial”, afirmou. E especificou, com detalhes, a trajetória de desvirtuação ética que presenciamos. “O atestado falso que entregamos na escola dos nossos filhos é o mesmo que acabou com a maior petrolífera do país”.
Durante toda a palestra, ele destacou a importância do império da lei. “A vida com ética é sustentável. Estar inteiramente dentro da lei torna a vida fácil, despreocupada, saudável”, declarou. “Você pode enganar a poucos por algum tempo e enganar muitos por muito tempo, mas jamais conseguirá enganar a todos por todo o tempo”, citou, ao comentar a onda de prisões de nomes importantes da política brasileira. “Nunca na história deste país se viu nomes tão grandes indo para a cadeia. E isso é bom. Isso é muito bom”, comentou.
Sobre os escândalos envolvendo dinheiro público, Karnal demonstrou preocupação. “O roubo do dinheiro público é o crime mais grave que se pode cometer. Pois, quando roubo de uma empresa privada, prejudico a um dono, respondo ao código penal e vou pagar pelo meu crime. Mas quando roubo de uma empresa pública, eu estou roubando de todos. Isso é ainda mais grave”.
O palestrante realçou a importância de se ter políticos preocupados com o desenvolvimento social do país, em acabar com a taxa de analfabetismo, cuidar da saúde e da sustentabilidade. “Há décadas somos reféns de políticos preocupados com apenas três coisas: reeleger-se, eleger um sucessor e escapar da cadeia. E vemos cada um executá-las com graus de eficácia diferentes, não é mesmo?!”, satirizou.
O professor usou o discurso para evidenciar a necessidade que o país tem em investir em políticas que priorizem a educação. Durante sua argumentação, usou o exemplo da Coreia do Sul. “No início do século, esse país era, assim como nós, de terceiro mundo, com taxas de analfabetismo altíssimas. No fim da década de 1990, a Coreia se transformou em uma potência de primeiro mundo. Por quê? Porque em um determinado momento, decidiram investir 50% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação. Pronto. Foi preciso apenas uma geração para que virasse o que é hoje”, explicou. O historiador evidenciou que isso só será possível quando conseguirmos políticos que pensam e planejam ações futuras.
Karnal contou que sonha com o dia em que escândalos com dinheiro do governo e corrupção na administração pública sejam casos raros, esporádicos. “Há dois anos, um empreiteiro disse, sem nenhum pudor, ‘no Brasil, sem fraudar a licitação, não se engue um muro’, que essa frase fique para trás, a ser estudada pelos nossos filhos e netos como um ato do passado”. Finalizando, delimitou o que espera para a gestão de nosso país. “Que a corrupção não seja a norma, a estrutura, a regra orgânica, a prática. É a luta que reúne a mim, a vocês da auditoria pública e a todos que sonham com um país diferente e mais justo, onde nunca atingiremos o paraíso, mas pelo menos não garantiremos o inferno”, concluiu. http://www.atricon.org.br/imprensa/leandro-karnal-faz-analise-historica-sobre-a-corrupcao-no-brasil/


Como a questão da transgressão das leis está relacionada com a história do Brasil?
 A transgressão das leis existe em qualquer sociedade, produto da tensão entre as necessidades individuais e os interesses coletivos, mas no Brasil o fenômeno se agrava por razões históricas. O Brasil tem uma história de tutelagem e controle, marcada pelo analfabetismo, a pobreza e a falta de cultura, na qual a grande maioria da sociedade não foi chamada a participar da elaboração das leis e da construção das instituições nacionais. Até 1808, ano da chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro, o Brasil era uma colônia atrasada, ignorante e proibida, em que 98% dos habitantes eram analfabetos. Não havia ensino superior e imprensa. A circulação de livros era censurada e o direito de reunião para discutir ideias, proibido. De cada três brasileiros, um era escravo. (...)
 A herança de exclusão se perpetua depois da Independência. A nossa primeira constituição, a de 1824, foi outorgada, ou seja, imposta de cima para baixo. Durante o período monárquico, um pequeno grupo ilustrado tentava conduzir os destinos de todo o resto constituído por uma enorme massa de analfabetos e destituídos. Na República, o fenômeno se repete em inúmeros golpes, quarteladas e ditaduras, em que novamente alguns grupos mais privilegiados tentam tutelar todos os demais. E qual o resultado disso? O resultado é uma relação de estranheza entre a sociedade, o estado e as instituições que ele representa. Construímos uma cultura transgressora, incapaz de pactuar caminhos e soluções para seu futuro, em que os interesses individuais ou de grupos se sobrepõem ao do conjunto da sociedade. A transgressão das leis é um reflexo dessa herança histórica.
Na sua opinião, por que o brasileiro não respeita as leis de trânsito quando não está sendo fiscalizado? Ainda não conseguimos incorporar por completo em nossa sociedade o conceito de civilização, que se caracteriza pelo respeito nas relações pessoais e pela predominância dos interesses coletivos sobre os individuais. (...) As pessoas só vão respeitar as leis e as instituições quando se reconhecerem nelas. E, para isso, é necessário que participem de sua construção. Mas há também um problema sério de impunidade. No fundo, as pessoas sabem que o estado é ineficiente e permeável à corrupção. Quem comete um delito tem grandes chances de não ser punido. Há, portanto, um cálculo de custo-benefício nas infrações. Como resultado da impunidade, a chance de alguém “furar” um sinal de trânsito e não ser punido é bastante grande. Portanto, do ponto de vista do infrator, vale a pena arriscar. (...) por que temos leis tão boas (na teoria) e muitas vezes pecamospor que temos leis tão boas (na teoria) e muitas vezes pecamos na prática? Há uma enorme dose de hipocrisia nas relações entre a sociedade brasileira e suas instituições. As pessoas criticam a corrupção, a ineficiência e falta de transparência no governo, por exemplo, mas não agem de forma muito diferente nas suas vidas particulares. O mesmo cidadão que critica a corrupção e a troca de favores no Congresso Nacional e acha que todos os políticos são corruptos por natureza, às vezes topa oferecer uma “caixinha” para o policial rodoviário que o flagrou fazendo uma ultrapassagem proibida. É como se houvesse nas relações individuais uma ética superior às coletivas, expressadas na política e no funcionamento das instituições, o que não é verdade. Na prática, as instituições nacionais são um espelho da média da sociedade brasileira. O Congresso Nacional nunca será mais corrupto ou menos corrupto do que a média da sociedade brasileira. Deputados e senadores corruptos não caem do céu, mas são eleitos por eleitores que, por ignorância ou convicção, aceitam a prática da corrupção. (...) Fragmento da entrevista realizada pela Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro com o escritor e jornalista Laurentino Gomes
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entrevista com Michael J. Sandel ministra um dos cursos mais populares da história de Harvard. Suas aulas pela internet foram vistas por dezenas de milhões de pessoas e ele já reuniu 14 mil jovens em um estádio na Coreia do Sul. Tudo isso para quê? Para ouvi-lo falar de ética e democracia. Ele diz que “as pessoas estão sedentas por discutir esses temas”

aqui

NEGÓCIOS O que o senhor entende por “jeitinho brasileiro”?
Sandel 
Eu estive algumas vezes no Brasil e, no ano passado, participei do Caldeirão, o programa do Luciano Huck, na TV Globo. Foi uma experiência fascinante. Fizemos uma espécie de assembleia, com umas 15 pessoas vindas de diferentes classes sociais, com níveis educacionais distintos, para conversar sobre alguns dilemas éticos. Fiquei surpreso ao ver como elas falavam abertamente sobre como burlavam a “lei seca” ou comprovam CDs e outros produtos piratas. Entendi o “jeitinho brasileiro” ali.

NEGÓCIOS Isso o chocou?
Sandel 
Como filósofo, meu papel não é julgar as pessoas, mas ouvi-­las, aprender e, então, levantar questões.
NEGÓCIOS O senhor acha que é impossível que a sociedade brasileira, que tolera essas pequenas infrações, livre-se da corrupção?
Sandel Essa é a grande questão. Como vocês, brasileiros, entendem isso? Vocês acham que essas coisas andam juntas? E, nesse caso, se for entendido que sim, acabar com o suborno ou práticas corruptas demanda muito mais do que apenas leis ou punições.
NEGÓCIOS Quais seriam as outras ações necessárias?
Sandel
 A punição é muito importante, porque as pessoas também aprendem pelo exemplo. Se você não pune, a mensagem que fica é de que ser corrupto é aceitável. Mas isso é apenas o primeiro passo para que as pessoas pensem de forma diferente. A mudança demanda educação. Não apenas educação nas escolas, mas educação cívica, discussões sobre os anseios, os direitos e as obrigações dos cidadãos. Isso precisa ser tratado dentro de casa, nas ruas, pela mídia, em todo lugar. Eu defendo muito a democratização do ensino de filosofia. Considero isso parte da minha missão. As pessoas precisam desenvolver um senso de comunidade, precisam aprender a ter propósitos comuns para viver bem em sociedade https://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2017/05/michael-j-sandel-o-popstar-da-etica.html

“Corrupção na Odebrecht é a mais organizada da história do capitalismo”


.ÍNDICE DA CORRUPÇÃO 

https://infograficos.gazetadopovo.com.br/politica/indice-de-percepcao-da-corrupcao-ranking-mundial/

A Transparência Internacional divulgou nesta quarta-feira (21) o Índice de Percepção da Corrupção. O IPC é o indicador de corrupção mais utilizado no mundo, e o Brasil nunca recebeu uma nota tão baixa.
https://transparenciainternacional.org.br/conhecimento/bica