É fato que jovens sempre foram
influenciados por ídolos. Vivemos em sociedade e somos influenciados por ela. Jean
Paul Sartre, John Lennon, os ídolos da contracultura; Osho, o guru indiano levou milhares a embrenharem-se por uma
espécie de fanatismo esotérico...
Não se pode negar que ídolos exercem boas, más, boas e más influências. Porém
precisamos refletir que a maioria dos influenciadores digitais ligam-se à
sociedade de consumo e tanto que muitos recebem patrocínio das grandes marcas.
Pensemos no quanto esse poder influenciador não é manipulado por interesses
mercadológicos. Questionemos a respeito
do quanto essa influência pode comprometer o grau de verdade ou melhor , da
genuinidade do conteúdo que busca influenciar.
Dedicados a passar grandes períodos
de tempo dia na Internet e interagindo por menos tempo com a família os jovens podem
tornar-se mais vulneráveis a seguir os ditames dos tais influenciadores
digitais.
Até que ponto podemos dizer que
o contato com os influenciadores digitais agregam benefícios à formação dos
jovens? Sim, há boas influências, não se pode negar.
PROPOSTA: escreva um texto
dissertativo em que discuta os prós e contras da atuação dos influenciadores
digitais. Não deixe de construir uma tese poderosa e singular.
Texto
1
Dito
isso, pode-se notar um dos lados que reflete a nova economia: as redes sociais
como fonte de renda e inspiração. Com ela não se ganha mais apenas curtidas ou
uma legião de fãs, mas influência, poder aquisitivo e independência,
especialmente aos mais jovens. Pessoas, mais do que nunca, têm em mãos
o poder de se transformar em mercadoria. O que antes era coisa de celebridades
de Hollywood agora está ao alcance de todos. Tal premissa ganhou o
nome de digital influencer. O influenciador digital é um termo
designado para pessoas bem relacionadas no mundo virtual, com alcance de voz e
imagem a milhões de pessoas. Assim surge mais um nicho no mercado frenético das
redes.
De
início, as celebridades das redes sociais eram interessantes porque eram
diferentes das que apareciam na TV. Pessoas reais, não personalidades montadas
para agradar o público e serem politicamente corretas. Mas, à medida que os
perfis passaram a ter uma dinâmica de negócio, nem todo mundo conseguiu manter
seu valor inicial. Originalidade e humanidade começaram a ficar cada vez mais
raras na internet, e, inevitavelmente, essa premissa acaba invadindo o mundo
real. O resultado: não é saudável nem para quem consome o conteúdo, nem para
quem o produz.
Com
as barreiras entre real e virtual se misturando, nota-se que, quando o virtual
começa a ser tomado como única realidade, as coisas podem ficar perigosas. A
jovem australiana Essena O’Neill, com 18 anos, mais de 600 mil seguidores e
muitos contratos com marcas, cansou da vida de webcelebridade e chutou o balde
de maneira inesperada. “Eu nunca estive tão miserável. Likes,
visualizações e seguidores não são amor.”, desabafou em sua rede social. No
perfil antigo, começou a escrever verdades tristes sobre as fotos que postava.
Com
bons exemplos no meio do caminho, pode ser que a nova geração encontre meios
para criar um cenário digital não superficial. A ascensão de ídolos jovens
reais, cheios de ideias transgressoras, abre espaço para discussão e expansão
de um pensamento livre do conservadorismo do passado. O tema ultrapassa
gerações e traz reflexão.
Nesse
caso, um dos pontos mais positivos da internet é criar um espaço democrático e
seguro para que as ideias fluam além das barreiras físicas. No livro Sociedade
em Rede, lançado em 1996, o sociólogo espanhol Manuel Castells discorre
sobre os reflexos da sociedade em rede na economia e na convivência social em
todo o mundo a partir do fenômeno da internet que emergia há 20 anos. Segundo
ele, o papel da sociedade em rede era o de mudar os valores sobre os quais a
sociedade está organizada. “O que as tecnologias fazem é proporcionar um amplo
leque de possibilidades. O que acontece, depois, com as tecnologias, depende do
que acontece na sociedade.”
Em
2008, o youtuber e ativista LGBT Tyler Oakley fez um vídeo sobre
autenticidade, contando como era importante sair do armário e se assumir gay no
momento certo. Anos depois, já com alguns milhões de inscritos em seu canal,
ele recebeu no Twitter uma mensagem do cantor Ricky Martin, dizendo que o vídeo
foi parte importante para que ele assumisse publicamente sua homossexualidade.
Dizer
que “essa geração está perdida” porque “só fica na internet” é falacioso. A
questão central na reinvenção dos digital influencers é
justamente criar laços mais saudáveis. E, além disso, os nativos digitais já
conseguem, através de uma linguagem muito democrática, desconstruir paradigmas
para avançar socialmente. A profundidade de pensamento não precisa ser difícil.
O valor deste novo ídolo não está na projeção de uma utopia, mas na
representatividade e na identificação.
(
...) Uma contracorrente de pessoas
tangíveis, com maturidade e consciência ganha força. Esta leva de
influenciadores digitais representa não só a si mesma, mas uma parcela da
população que encontra uma voz para ecoar seus sentimentos, angústias, desejos
e lutas.
( ... ) Alguns podem argumentar sobre os malefícios
da conexão quase que integral com o mundo digital. Mas a exposição se amplia um
jeito bastante positivo. A internet é cenário de debate de assuntos
importantes, traz à tona o diálogo, dá voz às minorias e desmistifica antigos
tabus. Enquanto na escola se falava sobre o feminismo de quase 60 anos atrás,
hoje ele é assunto constante, atual e que ganhou muita força depois de se
propagar nas redes sociais.
Jout Jout é uma das meninas que passou a
abordar o feminismo em seu canal. Ela influencia garotas a reconhecer
relacionamentos abusivos, por exemplo, além de mostrar para os garotos que o
conservadorismo machista já não cabe mais na sociedade e precisa acabar de uma
vez por todas.
Dona do canal Afros e Afins, Nátaly Neri, 22, fala sobre
moda acessível, negritude e temas sociais. Jovens como a Nátaly conseguem
dialogar de maneira direta e mais fácil com os demais por meio das redes
sociais, alcançando não só um público mais abrangente, mas elevando o debate e
até mesmo a autoestima de quem assiste, porque a representatividade é uma
maneira ter pautas contempladas e sua imagem celebrada. http://pontoeletronico.me/2016/reinvencao-idolos/
Texto2
A reputação é um dos valores mais importantes
e está relacionada à percepção construída de alguém pelos demais
interlocutores. Seria uma consequência de todas as impressões dadas e emitidas
deste indivíduo. Pode ser influenciada pelas ações, mas não unicamente por
elas, pois depende também das construções dos outros sobre essas ações.
Entretanto, na Internet é permitido um maior controle das impressões que são
emitidas, auxiliando na construção da reputação. Por intermédio da reputação é
possível selecionar em quem confiar e com quem transacionar, é, assim, um
julgamento do outro, de suas qualidades. O que não é avaliada pelo número de
seguidores, mas pelos interlocutores que “confiam” nas suas ações e agem de
acordo com o que foi transmitido por pelo usuário-mídia, pode-se compreender
tais seguidores como fãs, que a consideram como ídolo. A reputação
As
informações e as ações pessoais que são transmitidas no perfil de Thaynara OG
implicam a formação de sua reputação e constroem as impressões que seus
seguidores têm a seu respeito. Referem-se às qualidades percebidas pelos demais
membros de sua rede social. Por meio das publicações analisadas é possível
compreender algumas possíveis justificativas para a construção da reputação da
usuário-mídia estudada. A transmissão de conteúdos pessoais, com linguagem
informal utilizada e a forma simples, sem produções, traz a percepção de que a
interlocutora é “gente como a gente”, faz com que os seguidores se identifiquem
com as publicações e ações divulgadas pela maranhense. Exemplo de atividades
que formam o valor social de reputação de Thaynara OG tem-se na ação promovida
no período natalino para a arrecadação de brinquedos para fundações que abrigam
crianças, em que a usuária pessoalmente entregou e interagiu com os órfãos. Os
presentes foram entregues em lojas do Grupo Melissa, no Maranhão. As doações
também tiveram apoio de seguidores que a encontraram em uma atividade
publicitária em Salvador ou pelo envio direto a sua caixa postal. Exemplo que
demostra a percepção que o público dispõe de Thaynara por intermédio das ações
e da transmissão de conteúdo, resultado da visibilidade alcançada pela
frequência de suas publicações, possibilitando a conclusão da relação de todos
esses critérios e de como ela se torna uma usuário-mídia notória e, assim,
classifica-se como influenciadora digital é uma percepção qualitativa,
relacionada a outros valores agregados.
http://portalintercom.org.br/anais/norte2017/resumos/R54-0837-1.pdf
Texto 3
Imagine que você precisa tomar uma
decisão urgente e complicada. Após fazer uma análise própria da situação e
tentar chegar a uma conclusão, se essa dúvida ainda restar lá no fundo, o que
você faz? Você procura alguém de confiança para pedir um conselho, certo?
Os influenciadores funcionam como
esse conselheiro, mas em escala muito maior graças ao público que
constituíram. Essa relação pode ser extremamente saudável, principalmente se a
informação ou conselho propagado for
informativo, construtivo e positivo.
Essa informação vai atingir desde as
pessoas mais leigas até as entendidas e estudadas sobre o assunto, desde
que façam parte da audiência do influenciador.
E o que isso gera? Interação! A
informação do influenciador faz com que as pessoas se proponham a desconstruir ideias e
pensamentos e a compartilhar experiências próprias, criando uma rede exclusiva
de conhecimento. http://blog.wearehuman.com.br/o-que-sao-influenciadores-na-midia-e-qual-o-papel-deles-na-sociedade/
Texto 4
Não
sou fã dos Porta dos Fundos, porém recentemente o canal lançou um vídeo super interessante sobre influenciadores digitais, mais uma das modinhas dos
últimos anos. O vídeo satiriza os motivos para tantas pessoas seguirem
influenciadores digitais e questiona o que exatamente essas pessoas têm como
atrativo para serem consideradas pessoas de influência.
Cada
vez se torna mais comum encontrar agências e equipes de marketing sugerindo o
uso de influenciadores digitais para campanhas de marca, atingir mais clientes
e aumentar as vendas. O interessante aqui é pensar até que ponto isso realmente
funciona. Particularmente, fiz algumas experiências no passado e posso dizer
com absoluta certeza – ROI ZERO.
Sim,
mesmo seguindo algumas “regrinhas básicas”, como analisar o engajamento por
número de fãs, por exemplo, o retorno continua sendo nulo. E depois das
“fábricas de fãs”, descobertas no sudeste asiático, convido a todos que usam
este tipo de estratégia para uma reflexão sobre o assunto.
Todo
profissional de marketing procura atalhos para garantir um bom resultado, com
menor custo, maior alcance de campanha e maior engajamento, mas temos isso com
os tais influenciadores digitais?
Neste artigo da Shareen Pathak, a executiva de mídia digital diz que “jogamos muito dinheiro
para eles”, e é verdade. Empresas e agências criaram esta bolha de
supervalorização deste tipo de atividade e, lá na ponta, qual o resultado mais
deprimente? Adolescentes que sonham em ter como profissão ser um influenciador
digital. Give me a break!
Esta
cultura do espetáculo leva a acontecimentos como a tragédia recente em que um casal resolveu gravar um vídeo onde a mulher atirava em
um livro no peito do namorado para ganhar mais viewers. A ideia acabou matando
o homem em transmissão ao vivo e levando a mulher grávida para a prisão. É esse
tipo de influência digital que estamos buscando?
A
sociedade do espetáculo, já analisada por Guy Debord desde 1931, nunca foi tão bem evidenciada quanto hoje com os influenciadores
digitais. O corpo tornou-se espetáculo, a fala, a rotina, os acontecimentos
mais banais. Muito mais perigoso do que isso: a busca incansável pelo
espetáculo traz resultados desastrosos, para a sociedade e para as campanhas.
Essas
estrelinhas das mídias sociais podem até fazer com que sua marca seja vista por
mais pessoas, mas a visibilidade não será necessariamente positiva. Na maioria
das vezes as marcas não sabem quanto pagar, o influenciador não sabe o quanto
cobrar e não tem a menor noção de orçamentos. O custo normalmente alto para ser
citado por um influenciador digital pode ser revertido em investimentos muito
mais inteligentes em termos de marketing digital, ações que geram resultados
reais.
Bom,
sou fã do ROI desde 1999, quando comecei a fazer propaganda na web, e como
pioneiro na mensuração de métricas de digital marketing, não fui mordido por
esta modinha. Sim, testei. Os resultados foram horríveis e deixei para os
aventureiros menos determinados a rentabilizar o orçamento de marketing.
Já
podemos prever que os influenciadores digitais vão perder sua força com o
tempo. Mas quanto tempo será necessário para que as pessoas e as marcas
percebam que seu número de seguidores não significa nada além de um número?
* Adriano
Meirinho é CMO e co-fundador do Celcoin, aplicativo de serviços
financeiros para quem não possui conta em banco. https://dev.meioemensagem.com.br/home/proxxima/noticias/2017/07/19/os-influenciadores-digitais-estao-te-influenciando-ao-erro.html
Texto do porta dos fundos que
critica os influenciadores digitais
https://www.youtube.com/watch?v=qjX_M8niK5I
..................
OPCIONAL: OS PERIGOS DA INFLUÊNCIA. VÍDEO MAIS DENSO. SÓ PARA QUEM TEM TEMPO ...
https://www.youtube.com/watch?v=-B9XmzmWI1Q
..................
OPCIONAL: OS PERIGOS DA INFLUÊNCIA. VÍDEO MAIS DENSO. SÓ PARA QUEM TEM TEMPO ...
https://www.youtube.com/watch?v=-B9XmzmWI1Q
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