quinta-feira, 18 de outubro de 2018

OS PRÓS E CONTRAS DA ATUAÇÃO DOS INFLUENCIADORES DIGITAIS. ATENÇÃO: ESTE EXERCÍCIO NÃO É PARA O ENEM.







Muito se fala sobre influência e influenciadores digitais. Apesar disso, quase nunca paramos para refletir de maneira crítica sobre os perigos dessa influência.


É fato que jovens sempre foram influenciados por ídolos. Vivemos em sociedade e somos influenciados por ela. Jean Paul Sartre, John Lennon, os ídolos da contracultura; Osho, o guru indiano levou  milhares a embrenharem-se por uma espécie de fanatismo esotérico...
 Não se pode negar que ídolos exercem  boas, más, boas e más influências. Porém precisamos refletir que a maioria dos influenciadores digitais ligam-se à sociedade de consumo e tanto que muitos recebem patrocínio das grandes marcas. Pensemos no quanto esse poder influenciador não é manipulado por interesses mercadológicos.  Questionemos a respeito do quanto essa influência pode comprometer o grau de verdade ou melhor , da genuinidade do conteúdo que busca influenciar.
Dedicados a passar grandes períodos de tempo dia na Internet e interagindo por menos tempo com a família os jovens podem tornar-se mais vulneráveis a seguir os ditames dos tais influenciadores digitais.
Até que ponto podemos dizer que o contato com os influenciadores digitais agregam benefícios à formação dos jovens?  Sim, há boas influências, não se pode negar.
PROPOSTA: escreva um texto dissertativo em que discuta os prós e contras da atuação dos influenciadores digitais. Não deixe de construir uma tese poderosa e singular.
Texto 1
Dito isso, pode-se notar um dos lados que reflete a nova economia: as redes sociais como fonte de renda e inspiração. Com ela não se ganha mais apenas curtidas ou uma legião de fãs, mas influência, poder aquisitivo e independência, especialmente aos mais jovens. Pessoas, mais do que nunca, têm em mãos o poder de se transformar em mercadoria. O que antes era coisa de celebridades de Hollywood agora está ao alcance de todos. Tal premissa ganhou o nome de digital influencer. O influenciador digital é um termo designado para pessoas bem relacionadas no mundo virtual, com alcance de voz e imagem a milhões de pessoas. Assim surge mais um nicho no mercado frenético das redes.
De início, as celebridades das redes sociais eram interessantes porque eram diferentes das que apareciam na TV. Pessoas reais, não personalidades montadas para agradar o público e serem politicamente corretas. Mas, à medida que os perfis passaram a ter uma dinâmica de negócio, nem todo mundo conseguiu manter seu valor inicial. Originalidade e humanidade começaram a ficar cada vez mais raras na internet, e, inevitavelmente, essa premissa acaba invadindo o mundo real. O resultado: não é saudável nem para quem consome o conteúdo, nem para quem o produz.
Com as barreiras entre real e virtual se misturando, nota-se que, quando o virtual começa a ser tomado como única realidade, as coisas podem ficar perigosas. A jovem australiana Essena O’Neill, com 18 anos, mais de 600 mil seguidores e muitos contratos com marcas, cansou da vida de webcelebridade e chutou o balde de maneira inesperada. “Eu nunca estive tão miserável. Likes, visualizações e seguidores não são amor.”, desabafou em sua rede social. No perfil antigo, começou a escrever verdades tristes sobre as fotos que postava.
Com bons exemplos no meio do caminho, pode ser que a nova geração encontre meios para criar um cenário digital não superficial. A ascensão de ídolos jovens reais, cheios de ideias transgressoras, abre espaço para discussão e expansão de um pensamento livre do conservadorismo do passado. O tema ultrapassa gerações e traz reflexão.
Nesse caso, um dos pontos mais positivos da internet é criar um espaço democrático e seguro para que as ideias fluam além das barreiras físicas. No livro Sociedade em Rede, lançado em 1996, o sociólogo espanhol Manuel Castells discorre sobre os reflexos da sociedade em rede na economia e na convivência social em todo o mundo a partir do fenômeno da internet que emergia há 20 anos. Segundo ele, o papel da sociedade em rede era o de mudar os valores sobre os quais a sociedade está organizada. “O que as tecnologias fazem é proporcionar um amplo leque de possibilidades. O que acontece, depois, com as tecnologias, depende do que acontece na sociedade.”
Em 2008, o youtuber e ativista LGBT Tyler Oakley fez um vídeo sobre autenticidade, contando como era importante sair do armário e se assumir gay no momento certo. Anos depois, já com alguns milhões de inscritos em seu canal, ele recebeu no Twitter uma mensagem do cantor Ricky Martin, dizendo que o vídeo foi parte importante para que ele assumisse publicamente sua homossexualidade.
Dizer que “essa geração está perdida” porque “só fica na internet” é falacioso. A questão central na reinvenção dos digital influencers é justamente criar laços mais saudáveis. E, além disso, os nativos digitais já conseguem, através de uma linguagem muito democrática, desconstruir paradigmas para avançar socialmente. A profundidade de pensamento não precisa ser difícil. O valor deste novo ídolo não está na projeção de uma utopia, mas na representatividade e na identificação.
( ...) Uma contracorrente de pessoas tangíveis, com maturidade e consciência ganha força. Esta leva de influenciadores digitais representa não só a si mesma, mas uma parcela da população que encontra uma voz para ecoar seus sentimentos, angústias, desejos e lutas.
( ... ) Alguns podem argumentar sobre os malefícios da conexão quase que integral com o mundo digital. Mas a exposição se amplia um jeito bastante positivo. A internet é cenário de debate de assuntos importantes, traz à tona o diálogo, dá voz às minorias e desmistifica antigos tabus. Enquanto na escola se falava sobre o feminismo de quase 60 anos atrás, hoje ele é assunto constante, atual e que ganhou muita força depois de se propagar nas redes sociais.
Jout Jout é uma das meninas que passou a abordar o feminismo em seu canal. Ela influencia garotas a reconhecer relacionamentos abusivos, por exemplo, além de mostrar para os garotos que o conservadorismo machista já não cabe mais na sociedade e precisa acabar de uma vez por todas.
Dona do canal Afros e Afins, Nátaly Neri, 22, fala sobre moda acessível, negritude e temas sociais. Jovens como a Nátaly conseguem dialogar de maneira direta e mais fácil com os demais por meio das redes sociais, alcançando não só um público mais abrangente, mas elevando o debate e até mesmo a autoestima de quem assiste, porque a representatividade é uma maneira ter pautas contempladas e sua imagem celebrada. http://pontoeletronico.me/2016/reinvencao-idolos/
Texto2
 A reputação é um dos valores mais importantes e está relacionada à percepção construída de alguém pelos demais interlocutores. Seria uma consequência de todas as impressões dadas e emitidas deste indivíduo. Pode ser influenciada pelas ações, mas não unicamente por elas, pois depende também das construções dos outros sobre essas ações. Entretanto, na Internet é permitido um maior controle das impressões que são emitidas, auxiliando na construção da reputação. Por intermédio da reputação é possível selecionar em quem confiar e com quem transacionar, é, assim, um julgamento do outro, de suas qualidades. O que não é avaliada pelo número de seguidores, mas pelos interlocutores que “confiam” nas suas ações e agem de acordo com o que foi transmitido por pelo usuário-mídia, pode-se compreender tais seguidores como fãs, que a consideram como ídolo. A reputação
As informações e as ações pessoais que são transmitidas no perfil de Thaynara OG implicam a formação de sua reputação e constroem as impressões que seus seguidores têm a seu respeito. Referem-se às qualidades percebidas pelos demais membros de sua rede social. Por meio das publicações analisadas é possível compreender algumas possíveis justificativas para a construção da reputação da usuário-mídia estudada. A transmissão de conteúdos pessoais, com linguagem informal utilizada e a forma simples, sem produções, traz a percepção de que a interlocutora é “gente como a gente”, faz com que os seguidores se identifiquem com as publicações e ações divulgadas pela maranhense. Exemplo de atividades que formam o valor social de reputação de Thaynara OG tem-se na ação promovida no período natalino para a arrecadação de brinquedos para fundações que abrigam crianças, em que a usuária pessoalmente entregou e interagiu com os órfãos. Os presentes foram entregues em lojas do Grupo Melissa, no Maranhão. As doações também tiveram apoio de seguidores que a encontraram em uma atividade publicitária em Salvador ou pelo envio direto a sua caixa postal. Exemplo que demostra a percepção que o público dispõe de Thaynara por intermédio das ações e da transmissão de conteúdo, resultado da visibilidade alcançada pela frequência de suas publicações, possibilitando a conclusão da relação de todos esses critérios e de como ela se torna uma usuário-mídia notória e, assim, classifica-se como influenciadora digital é uma percepção qualitativa, relacionada a outros valores agregados. http://portalintercom.org.br/anais/norte2017/resumos/R54-0837-1.pdf
Texto 3
Imagine que você precisa tomar uma decisão urgente e complicada. Após fazer uma análise própria da situação e tentar chegar a uma conclusão, se essa dúvida ainda restar lá no fundo, o que você faz? Você procura alguém de confiança para pedir um conselho, certo?
Os influenciadores funcionam como esse conselheiro, mas em escala muito maior graças ao público que constituíram. Essa relação pode ser extremamente saudável, principalmente se a informação ou conselho propagado for informativo, construtivo e positivo.
Essa informação vai atingir desde as pessoas mais leigas até as entendidas e estudadas sobre o assunto, desde que façam parte da audiência do influenciador.
E o que isso gera? Interação! A informação do influenciador faz com que as pessoas se proponham a desconstruir ideias e pensamentos e a compartilhar experiências próprias, criando uma rede exclusiva de conhecimento. http://blog.wearehuman.com.br/o-que-sao-influenciadores-na-midia-e-qual-o-papel-deles-na-sociedade/

Texto 4

Não sou fã dos Porta dos Fundos, porém recentemente o canal lançou um vídeo super interessante sobre influenciadores digitais, mais uma das modinhas dos últimos anos. O vídeo satiriza os motivos para tantas pessoas seguirem influenciadores digitais e questiona o que exatamente essas pessoas têm como atrativo para serem consideradas pessoas de influência.
Cada vez se torna mais comum encontrar agências e equipes de marketing sugerindo o uso de influenciadores digitais para campanhas de marca, atingir mais clientes e aumentar as vendas. O interessante aqui é pensar até que ponto isso realmente funciona. Particularmente, fiz algumas experiências no passado e posso dizer com absoluta certeza – ROI ZERO.
Sim, mesmo seguindo algumas “regrinhas básicas”, como analisar o engajamento por número de fãs, por exemplo, o retorno continua sendo nulo. E depois das “fábricas de fãs”, descobertas no sudeste asiático, convido a todos que usam este tipo de estratégia para uma reflexão sobre o assunto.

Todo profissional de marketing procura atalhos para garantir um bom resultado, com menor custo, maior alcance de campanha e maior engajamento, mas temos isso com os tais influenciadores digitais?
Neste artigo da Shareen Pathak, a executiva de mídia digital diz que “jogamos muito dinheiro para eles”, e é verdade. Empresas e agências criaram esta bolha de supervalorização deste tipo de atividade e, lá na ponta, qual o resultado mais deprimente? Adolescentes que sonham em ter como profissão ser um influenciador digital. Give me a break!
Esta cultura do espetáculo leva a acontecimentos como a tragédia recente em que um casal resolveu gravar um vídeo onde a mulher atirava em um livro no peito do namorado para ganhar mais viewers. A ideia acabou matando o homem em transmissão ao vivo e levando a mulher grávida para a prisão. É esse tipo de influência digital que estamos buscando?
A sociedade do espetáculo, já analisada por Guy Debord desde 1931, nunca foi tão bem evidenciada quanto hoje com os influenciadores digitais. O corpo tornou-se espetáculo, a fala, a rotina, os acontecimentos mais banais. Muito mais perigoso do que isso: a busca incansável pelo espetáculo traz resultados desastrosos, para a sociedade e para as campanhas.
Essas estrelinhas das mídias sociais podem até fazer com que sua marca seja vista por mais pessoas, mas a visibilidade não será necessariamente positiva. Na maioria das vezes as marcas não sabem quanto pagar, o influenciador não sabe o quanto cobrar e não tem a menor noção de orçamentos. O custo normalmente alto para ser citado por um influenciador digital pode ser revertido em investimentos muito mais inteligentes em termos de marketing digital, ações que geram resultados reais.
Bom, sou fã do ROI desde 1999, quando comecei a fazer propaganda na web, e como pioneiro na mensuração de métricas de digital marketing, não fui mordido por esta modinha. Sim, testei. Os resultados foram horríveis e deixei para os aventureiros menos determinados a rentabilizar o orçamento de marketing.
Já podemos prever que os influenciadores digitais vão perder sua força com o tempo. Mas quanto tempo será necessário para que as pessoas e as marcas percebam que seu número de seguidores não significa nada além de um número?
* Adriano Meirinho é CMO e co-fundador do Celcoin, aplicativo de serviços financeiros para quem não possui conta em banco. https://dev.meioemensagem.com.br/home/proxxima/noticias/2017/07/19/os-influenciadores-digitais-estao-te-influenciando-ao-erro.html

 Texto do porta dos fundos que critica os influenciadores digitais
https://www.youtube.com/watch?v=qjX_M8niK5I
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OPCIONAL: OS PERIGOS DA INFLUÊNCIA. VÍDEO MAIS DENSO. SÓ PARA QUEM TEM TEMPO ...

https://www.youtube.com/watch?v=-B9XmzmWI1Q






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