domingo, 13 de janeiro de 2019

Características de Ana Cristina Cesar ( DESENHO DE ROSE: ANJINHO PROTETOR DOS MEUS ALUNOS)

PESSOAL, ACHO QUE COMO ESTÁ PERTO DA HORA DA PROVA, NÃO VOU MAIS FAZER MATERIAL. LEIAM ISTO E ACHO QUE CONSEGUIRÃO ESCREVER SOBRE ANA CRISTINA CESAR.

LEMBREM-SE DO PROJETO ESTÉTICO NA OBRA DELA, OU SEJA, DA METALINGUAGEM, DO TEXTO QUE ANALISA O FAZER POÉTICO. 
LEMBREM-SE DAS ASSOCIAÇÕES COM FILMES, CANÇÕES ( DOS BEATLES) OU TRECHOS DE LIVROS - A GERAÇÃO Z NEM CONHECE... A BANCA DA UNICAMP VAI SE LEMBRAR DE NÃO OFERECER UM POEMA COM REPERTÓRIO DESCONHECIDO DA GALERA.
CREIO QUE O QUE VÃO PEDIR - TALVEZ- O SE LIGUE AO FAZER LITERÁRIO, À QUESTÃO DA MULHER; AOS TRECHOS FRAGMENTADOS QUE SERÃO POSSÍVEIS PARA UMA ASSOCIAÇÃO DE SENTIDO; AO DUPLO QUE ELA FAZ, ELA É ELA E ELA É OUTRA. AO NONSENSE.

VÃO PROVÁVEL USAR POEMAS EM QUE ELA CONVERSA COM ELA MESMA, NUM JOGO DE ESPELHOS.
A UNICAMP É BOA E NÃO COLOCARÁ NADA QUE NÃO ENTENDAM. AFINAL É IMPOSSÍVEL ANCORAR UM NAVIO NO AR.
AQUI UM TEXTO INTERESSANTE QUE PODERÁ AJUDAR.
BOA PROVA
BEIJOS DA ROSE

LEIAM ESTE TEXTO
"A poesia de Ana Cristina Cesar caracteriza-se por ser predominantemente confessional, mas o tom de intimidade, não nos deve enganar, pois é apenas um lance de sedução estética. A correspondência, realmente teve bastante influência sobre a sua dicção poética. Ela cria um verdadeiro jogo de linguagem: textos curtos, poemas fragmentados, cartas, páginas de diário. A poesia torna-se, desta forma, uma inquietante reflexão sobre o próprio fazer literário". (p. 22)
"Assim percebemos que o texto-colagem da poeta instaura um sujeito estilhaçado, uma memória construída através da subjetividade fincada no corpo coletivo da linguagem. Seu método de composição baseia-se na apropriação incessante de versos e trechos de outros escritores que ela distorce, desloca, alude, readapta, reescreve, parafraseia e parodia. É uma obra que faz uma reflexão constante sobre a natureza do literário". (p. 27)
"Os poemas de Ana Cristina Cesar, inserida no clima da geração 70, revelam, entre as muitas características que marcaram a produção poética daquela época, as seguintes: atração pelo insólito do cotidiano; ênfase na experiência existencial num momento especialmente difícil da história e da política brasileira; volta à primeira pessoa, à escrita da paixão e do medo como caminho eficaz no sentido de romper o silêncio e a perplexidade que tomaram de assalto a produção cultural no início da década; o sentido de asfixia, experimentado no cotidiano, mas trabalhado com humor; valorização do coloquialismo; culto do instante, eixo fundamental da nova poesia e do binômio arte e vida. / O binômio arte e vida era a consolidação de uma visão de mundo que valorizava o aqui e o agora: a ideia do presente, eliminando a ideia de futuro." (p. 55)
Textos extraídos da excelente obra de Arminda Silva de Serpa: Lições sobre asas e abismos: uma leitura da poesia de Ana Cristina Cesar. Fortaleza: Imprece, 2009.

sábado, 12 de janeiro de 2019

ROSE CONVERSA COM ENEAS SOBRE O POEMA DE A CRISTINA CESAR

O tempo fecha.
Sou fiel os acontecimentos biográficos.
Mais do que fiel, oh, tão presa! Esses mosquitos
que não largam! Minhas saudades ensurdecidas
por cigarras! O que faço aqui no campo
declamando aos metros versos longos e sentidos?
Ah que estou sentida e portuguesa, e agora não
sou mais, veja, não sou mais severa e ríspida:
agora sou profissional.

( A TEUS PÉS. ANA CRISTINA CESAR) 


Eneas – Rose, não entendo nada deste poema. Essa poetisa é meio louca?


Rose - Claro que não. Era lúcida demais. Fazia parte da turma que distribuía poemas xerocados ( mimeografados, melhor dizendo, usavam um aparelho parecido ao de Xerox), pois não queria passar pelas editoras. Era o tempo da ditadura, escrever era perigoso, havia censura, cadeia, tortura. Então os textos são herméticos, mais difíceis de compreensão. E, sobretudo, livres, meio nonsense.

Mas não deixam de lado os paradigmas dos modernistas... Preste atenção a isso!

Eneas- O que ela quer dizer com ‘ o tempo fecha’?

Rose – Eneas, nem tudo que aparece no texto de Ana Cristina precisa ser compreendido. Você busca pedaços de pano, ou faça assim como quem pega pulga. Se não compreender 'o tempo fecha' siga em frente na leitura.
MAS 'O TEMPO FECHA' PODE SIGNIFICAR QUE VAI CHOVER; OU QUE A SITUAÇÃO VAI FICAR CONFLITUOSA. 
EM POESIA OS SENTIDOS DANÇAM UNS SOBRE OS OUTROS. APREENDA O MAIS PRÓXIMO DOS OUTROS QUE VIRÃO E QUE FAÇAM UM OU OUTRO SENTIDO.

Perceba que o poema tem um jogo metalinguístico. Ela questiona o seu fazer poético. Esse é o ponto!

Eneas- Ela não tinha segurança em si? Do que escrevia?

Rose – Não é isso. Isso que você chama de insegurança faz parte de todos que são artistas e lidam com a construção da arte. Quem cria e tem consciência do que seja criar é inseguro. Mas há quem crie e nem pense muito pois não sabe bem teorias etc.

Esqueça ‘ o tempo fecha’ e avance...

Sou fiel os acontecimentos biográficos.
Mais do que fiel, oh, tão presa’

Perceba que ela busca seguir um método, parece que imposto a ela, que gosta e não gosta de ter regras. Sabe que ela se diferenciou dos amigos da chamada Geração Mimeógrafo, justo porque sabia muito sobre literatura. Fez cursos. E fez a PUC - e na PUC quem é escritor pode ficar um pouco confuso. A geração dela queria liberdade mas a PUC ensina que para escrever é preciso obedecer um método, ter consciência do fazer poético.

Perceba que aí ela mostra o seu fazer poético, assim como mostramos os bastidores dum programa de tevê. Sabe o lado do avesso de um bordado? Sabe o que é bordado? A geração z não sabe alguns tópicos do passado... rs
Ela abre seu engenho ao olho do receptor. Mostra o que pensa e no que pensa há sua técnica de escrever. Entendeu? É um jogo. Escrever é jogar pesado, meu caro.

Ela quer ser fiel à biografia. Nem sei de que biografia está falando. Não sabemos se é a dela. Mas ela quer essa fidelidade a x coisa. Porém, expõe que a fidelidade – talvez um ponto bom para a construção do texto que ela quer fazer – a prende, a tolhe, aperta.

Na sequência ela vem com os mosquitos e com as cigarras. Podemos pensar: será que quando ela escreveu isso estava no meio do mato? Parece que não pois tem saudades das cigarras. Mas o que exato essas metáforas apontam? Não perca a dimensão da conotação, Ana Cristina é toda conotação e raciocínio.

Amarre ao que veio antes: se biografias prendem, se mosquitos não largam... Daí as saudades das cigarras cujo som é ensurdecedor mas, quem sabe, mais soltos, livres? Líricos demais e livres líricos e livressssssss ( olha as cigarras cantando: sssssssssss)

Construir um poema tendo de obedecer à força pode ser chato e tedioso com ter um mosquito voando em torno de nós, Eneas.

Eneas – Mas, Rose, o que podem pedir na Unicamp sobre isso tudo?

Rose – Não sei bem. Pois acho o livro complexo para vocês da geração z. Podem pedir a metalinguagem, que é o poema que fala sobre o ato de fazer poema. Essa é a máxima que vejo neste texto que não tem sonoridade. Não tem o rato roeu a roupa do rei de Roma e nem VOZES VELOZES VELUDOSAS VOZES. FALTA MELOPEIA.

Eneas- o que é melopeia?

Rose – é o som de um poema. Os textos românticos são lotados de aliteração, assonância, rimas. Este texto não tem sonoridade ritmada. Ele é mais pensar o ato de escrever e imagens e mais imagens e algumas incompreensíveis, mas tudo bem. Poema não é só para compreender, pode bagunçar também. Essa do mosquito, por exemplo é metáfora evidente. Algo incômodo!

Creio que a Unicamp vai pedir isso, a construção do texto. Una figuras de linguagem umas às outras e você pega sentidos vários e possíveis.

Perceba aqui, Eneas, como o eu lírico, vamos falar Ana? A Ana joga-se ao ato de escrever, mas parece surpresa entre o desejo de se soltar e as amarras que aprendeu na PUC sobre o fazer poético: ‘’O que faço aqui no campo declamando aos metros versos longos e sentidos?’’

Eneas – Mas é isso, Rose, vão pedir uma compreensão mínima que eu faço, unindo imagens. Meio quebra-cabeça?

Rose – é isso.... Veja aqui: ‘’Ah que estou sentida e portuguesa, e agora não sou mais, veja, não sou mais severa e ríspida: agora sou profissional.’’.

Ela se cobra o sentir tão português ( Conhece português? Somos muito sentimentais, ora bravos ora chorões). Porque aprendeu que o poema, ainda que fale da dor, não é propriamente a dor mas a construção da dor.

Pessoa dizia que o poeta é o fingidor,finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.

Ana Cristina trabalha justo essa consciência de que escrever vai além de queixar-se de dores, ou exultar alegrias.

Perceba que no final, já controlando a emoção e consciente de que texto é construção de sentido e forma etc escreve: ‘e agora não
sou mais, veja, não sou mais severa e ríspida:
agora sou profissional.’’

Ela sabe que ser profissional de escrita é dominar a linguagem e transformar a emoção em um construto feito um cata-vento.

Eneas – ai ai, Rose, estou preocupado com esta poetisa. Tomara não peçam ... amanhã na Unicamp.

Rose´- Pare com isso. Você é chatão.











EXEMPLOS DE GÊNEROS E TIPOLOGIA TEXTUAL


VEJAM AQUI. HÁ O QUE NÃO SAIBAM FAZER?


Exemplos de gêneros textuais
  • Romance;
  • Conto;
  • Fábula;
  • Lenda;
  • Novela;
  • Crônica;
  • Notícia;
  • Ensaio;
  • Editorial;
  • Resenha;
  • Monografia;
  • Reportagem;
  • Relatório científico;
  • Relato histórico;
  • Relato de viagem;
  • Carta;
  • E-mail;
  • Abaixo-assinado;
  • Artigo de opinião;
  • Diário;
  • Biografia;
  • Entrevista;
  • Curriculum vitae;
  • Verbete de dicionário;
  • Receita;
  • Regulamento;
  • Manual de instruções;
  • Bula de medicamento;
  • Regras de um jogo;
  • Lista de compras;
  • Cardápio de restaurante;
  • ...


UNICAMP. TEXTO A SER LIDO NO CANAL DO YOUTUBE. BASE EM FÁBULA

Como um(a) aluno(a) do Ensino Médio considerado (a) ético e, com bons sentimentos, você foi convidado pelo Diretor a fazer uma apresentação a ser gravada no canal do  Youtube do Colégio Marco Tulio. Nela você usará a fábula de Esopo “ O leão e o rato’ para expor que os mais fortes não devem bater ou caçoar dos alunos mais frágeis.  Para isso você deverá criar esse trabalho textual a ser interpretado por você mesmo:  primeiro, expondo os fatos de agressão do colégio (pode falar em geral ou inventar casos); depois usando a fábula ( parafraseada) para  ilustrar a ideia de que todos precisamos de todos, mesmo dos mais frágeis.  E, por fim, usando de função apelativa da linguagem, precisa conclamando a todos que parem de humilhar os alunos mais frágeis.
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UNICAMP. TEXTO PARA CAMPANHA COMUNITÁRIA. INVASÃO DE ESCORPIÕES




Texto de Campanha Comunitária

Os Textos de Campanha Comunitária são aqueles utilizados com o intuito de esclarecer e atentar os interlocutores de uma comunidade sobre determinado assunto.
Por exemplo, Campanha de Combate as Drogas, Campanha sobre a Dengue, Campanha sobre o Tráfico de Pessoas, Campanha sobre a Prostituição Infantil, Campanha do Agasalho, dentre outros.
Resumo
Os textos de campanha comunitária surgem através da detecção de algum problema. Ou seja, uma demanda na comunidade (seja no campo social, político, cultural, saúde, educação, etc.), tal qual a campanha de vacinação realizada nas escolas, com o intuito de alertar a população de sua importância e assim, convidando-os a participarem e colaborarem com a causa.
Nesse caso, os textos de campanha comunitárias utilizam a função conativa da linguagem, onde o convencimento da população é uma característica importante.
Assim, os textos de campanha comunitária visam alertar a população sobre um assunto, focando na colaboração da população e na importância das ações de seus leitores (interlocutor).
São textos de caráter injuntivo, ou seja, sua função é instruir, orientar e explicar para os leitores sobre um tema importante para a comunidade.
Para tanto, são textos que podem apresentar a linguagem verbal e não verbal, promovendo um debate sobre o tema da atualidade e chamando a atenção para sua resolução.
Os suportes e veículos mais utilizados para a divulgação dos textos de campanha comunitária são os cartazes, outdoors, televisão, rádio, internet, dentre outros.
Embora sejam de caráter injuntivo, expositivo e informativo, podem apresentar argumentação e opinião dos autores, ou seja, eles podem também apresentar características dos textos dissertativos-argumentativos.
Os textos de campanhas comunitárias podem ser produzidos por diversas pessoas, ou seja, realizada após o trabalho em conjunto de uma equipe, por exemplo:
·         o pesquisador que levantou dados estatísticos sobre o assunto;
·         o entrevistador, que coletou informações nas entrevistas;
·         o divulgador, a pessoa que está encarregada de divulgar a campanha.

Características
As principais características dos textos de campanha comunitária são:
·         Texto injuntivo, informativo e/ou expositivo
·         Intenção persuasiva
·         Linguagem simples, objetiva, clara e acessível
·         Verbos no imperativo ou no presente do indicativo
·         Uso de metáforas e trocadilhos
·         Uso de imagens e outros recursos gráficos
·         Temas atuais e de interesse da população
·         Textos relativamente curtos
Estrutura
Geralmente, os textos de campanha comunitária, seguem a estrutura apresentada abaixo:
·         Apresentação: Introdução sobre o tema proposto. Geralmente são seguidos de um título em destaque, chamando a atenção do leitor para a importância do assunto tratado.
·         Desenvolvimento: Nesse momento, os produtores do texto focam em expor os objetivos da campanha, bem como os dados mais relevantes sobre o tema, orientando a população de seu benefício. Podem ser utilizados gráficos, infográficos, imagens, fotos, dentre outros recursos. Essa é a maior parte do texto em que deve conter todos os argumentos levantados.
·         Conclusão: geralmente esse tipo de texto termina convidando o leitor a participar de tal campanha. Podem ser acompanhados por contatos (números de telefone, e-mail, sites da web, dentre outros).
Como Fazer um Texto de Campanha Comunitária?
Para produzir um texto de campanha comunitária inicialmente delimite um tema relevante. Pesquise e levante dados sobre ele. Foque na importância e nos principais objetivos que apresentam seu projeto.
Imagine qual seria a melhor maneira de apresentá-lo ao público-alvo (público ao qual está destinado), seja os adolescentes, as crianças ou adultos. Para tanto, é muito importante observar a finalidade e o foco de sua campanha para a escolha da melhor linguagem.
As imagens são recursos muito utilizados que podem oferecer mais consistência ao estudo, os quais podem ser gráficos, infográficos, fotos, esquemas, dentre outros. Depois de analisado o material recolhido, desenvolva o texto segundo a estrutura proposta acima: apresentação, desenvolvimento e conclusão.

·         ?
·         A qual público a campanha está destinada?
·         Qual objetivo e/ou finalidade da campanha?
·         Quais argumentos serão utilizados para atrair os leitores para participarem da campanha?



PROPOSTA

Você é um estudante do Ensino Médio e foi convidado pelo diretor do colégio para fazer uma campanha comunitária sobre o problema da invasão dos escorpiões na sua. Você deverá produzir um texto para ser lido com megafone ( lido em voz alta, certo?) por você ou seus colegas pelas ruas do seu bairro.
Leia os textos abaixo e, a partir deles, escreva, considerando o seguinte: seu texto deve conter: a) uma exposição do fato ; b) as consequências; e c) os cuidados a serem tomados.



Responsável por 184 mortes no Brasil em 2017, o escorpião ultrapassou as serpentes no topo do ranking de animais peçonhentos que mais matam no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. No mesmo ano, foram registrados 105 casos de morte por veneno de cobra.
Em alguns bairros da Bahia, onde foram registrados a maioria dos casos, moradores encontraram alguns animais escondidos nas roupas, nos calçados e até em máquina de lavar.
Escorpiões são animais pouco agressivos e com hábitos predominantemente noturnos, o que torna os acidentes com esses animais menos frequentes do que os com cobras.

O veneno do escorpião ataca o sistema nervoso e pode até matar – especialmente se a vítima for uma criança. Por conta disso, é importante buscar socorro o mais rápido possível para que o tratamento adequado possa ser administrado o quanto antes.

Como reconhecer:
A reação à picada depende do tipo de escorpião. Imediatamente após a mordida, a pessoa pode começar a sentir:- dores fortes- náuseas- vômitos- aumento da pressão arterial- suor intenso- baixa rápida da temperatura do corpo

Como agir:
- Mantenha a vítima calma- Não esprema nem sugue o local da picada- Lave o local com água e sabão- Procure o serviço de emergência- Se há condições de segurança, leve o escorpião (vivo ou morto) ao serviço de atendimento de emergência (assim será mais fácil descobrir o soro adequado para tratar a vítima)

Como prevenir:
- Use sempre calçados e luvas apropriadas ao manusear materiais de construção ou lenha- Em locais onde há presença destes animais, vede a soleira das portas com frisos de borracha ou com saquinhos de areia- Não coloque as mãos em tocas e lugares escuros onde o escorpião possa se esconder - Feche bem os sacos de lixo e mantenha os terrenos próximos de sua moradia limpos, evitando baratas e moscas, animais que costumam atrair esses predadores- Examine roupas, calçados e roupas de cama e banho antes de usá-las.

TEXTO 2

Edição do dia 25/07/2018
25/07/2018 20h52 - Atualizado em 25/07/2018 20h53
Ataques de escorpiões se multiplicam no Noroeste do estado de São Paulo
Moradores de uma área grande do interior do estado de São Paulo estão assustados com o aumento do número de vítimas de um animal que costuma dar calafrios em muita gente.
Foi um escorpião que tirou a vida da Priscila, de 5 anos. O socorro demorou porque a menina se confundiu na hora de explicar para os pais que bicho tinha picado ela.
“Ela contou que uma lagartixa tinha mordido o pezinho dela, aí o médico olhou, já viu a picada e realmente era de um escorpião”, disse o tratorista Sérgio Miguel da Silva, pai da menina.
Em Araçatuba, onde ela morava, 570 pessoas foram picadas só em 2018. O número já superou o de 2017 inteiro.

Em Andradina são pelo menos dois ataques por dia. Em São José do Rio Preto, as ocorrências aumentaram mais de 40% no primeiro semestre.
O escorpião amarelo que tem aparecido em São Paulo é um dos mais perigosos. O veneno atinge o sistema nervoso, provoca alterações respiratórias e acúmulo de líquidos nos pulmões.
“Assim que for picado, deve procurar imediatamente o atendimento médico no local mais próximo da sua residência e se possível levar o animal para a identificação imediata ”, explica o médico Carlos Alberto Caldeira Mendes. 
Segundo o Ministério da Saúde, os ataques de escorpiões cresceram quase 800% desde 2000, principalmente na região Sudeste.
O aumento de ataques de escorpiões também vem sendo monitorado pela Universidade Estadual Paulista, a Unesp. O estudo já identificou que a região de São José do Rio Preto é que mais registrou acidentes nos últimos dez anos em todo o estado de São Paulo.
Agora os pesquisadores buscam esclarecer uma outra questão: o que estaria favorecendo a proliferação do bicho nessa região. Entre as hipóteses está o desaparecimento de predadores naturais como sapos e corujas. Além disso, o lixo nas cidades atrai insetos como baratas, que são a comida dos escorpiões.
Muitos municípios estão passando veneno nos bueiros para tentar conter a infestação, o que não é indicado pelos especialistas. O ideal ainda é manter as cidades limpas. 
“A gente tem galerias fluviais, esgoto, entulho que muita gente joga em local inadequado, lixo. Então tudo isso favorece o ambiente adequado para o escorpião”, explicou o biólogo Antônio Carlos Lofego, biólogo da Unesp.
tópicos:

AQUI UM VÍDEO CURTO SOBRE OS ESCORPIÕES



UNICAMP. EDITORIAL. TEMA: MÉDICOS BRASILEIROS NÃO APRECIAM TRABALHAR EM REGIÕES DISTANTES


editorial é um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.

É comum se ter uma seção chamada Editorial na mídia impressa.

Então, a objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, uma vez que o redator dispõe da opinião do jornal sobre o assunto narrado.

Logo, os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de modo que evidencie a posição da mídia, ou seja, do grupo que está por trás do canal de comunicação, uma vez que os editoriais não são assinados por ninguém.

Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.

O editorial possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a interpretação do que aconteceu.

Pelas características apontadas acima, podemos dizer que o editorial é um texto: dissertativo, pois desenvolve argumentos baseados em uma ideia central; crítico, já que expõe um ponto de vista; informativo, porque relata um acontecimento.

O jornal que apresenta matérias excessivamente críticas e opinativas e que não possui um ambiente separado para editoriais é considerado “de opinião”!
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/o-editorial.htm

Proposta
Considere a seguinte situação: você é dono de um jornal da faculdade que é FAVORÁVEL à postura dos jovens médicos brasileiros que se recusam a trabalhar dos rincões mais distantes do Brasil.  Escreva um editorial que exponha a sua postura crítica e argumente.

( Pessoal: o editorial assemelha-se ao artigo de opinião, mas é menos subjetivo. É claro que tem como base a dissertação que tanto fizemos durante o ano.  Mas é mais sério, no sentido que que expõe mais dados.
Ele, inclusive,  ‘disfarça’ um pouco o tom parcial, ainda que seja parcial. Faz isso expondo dados e fatos. A linguagem é menos subjetiva que a do artigo de opinião.
Vou colocar logo no fim do texto um editorial que sirva de modelinho. *Rose)



TEXTO 1
A distribuição de médicos inscritos no programa do governo federal Mais Médicos reflete um problema sério do Brasil que concentra um maior número nas capitais e cidades mais desenvolvidas, deixando de lado o interior.

Dados em Santa Catarina não foram diferentes e demonstram a insegurança dos profissionais em trabalhar com estruturas mais precárias.

Dos 23 médicos que confirmaram a inscrição e no Estado, 20 escolheram a região litorânea. Das 174 cidades catarinenses inscritas no programa, onde um dos principais critérios era atuar em áreas de difícil acesso e com população em situação de vulnerabilidade, apenas 17 foram contempladas com novos profissionais.
O professor e diretor do Centro de Ciências da UFSC, Sérgio Torres, lembra que a falta de médicos no interior já era uma constante e o resultado das inscrições não foi uma surpresa, mostrou apenas números esperados, por não criar nenhum atributo que despertasse o interesse destes profissionais. Caso de Cordilheira Alta, no Oeste de SC, que aderiu ao programa federal, mas não conseguiu atrair nenhum médico nesta primeira chamada.

 TEXTO 2
 ‘’O maior obstáculo são as condições de trabalho nestes locais. Com a falta de infraestrutura, os médicos se sentem inseguros e por conta disso optam por cidades mais estruturadas — avalia.
Apesar do programa "sacudir" o problema, a solução não vai ocorrer em um curto prazo, defende Torres. Nas cidades pequenas, médicos não querem enfrentar as dificuldades da falta de estrutura básica, como laboratório para exames e equipamentos. O apelo é que municípios que não possuam hospital, a rede de saúde precisa evoluir. Com isso, mesmo com a ida de médico para o interior, a população continuará dependendo das cidades maiores para a continuação do atendimento, ou seja, o serviço de ambulância terapia deve continuar sendo regra nestes locais.
— A rede de saúde precisa evoluir e não será de uma hora pra outra. Em relação ao programa, precisamos esperar os resultados para ter mais clareza— diz. http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2013/08/medicos-brasileiros-nao-querem-ir-para-o-interior-no-programa-mais-medicos-4226306.html
Texto 3
A maior parte dos médicos prefere trabalhar nas grandes cidades e região central. De acordo com o estudo “Demografia Médica no Brasil 2018”, coordenada pelo professor Mário Sheffer, do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o Brasil contava em janeiro de 2018, com 452.801 médicos, o que corresponde à razão de 2,18 médicos por mil habitantes.
Conforme o levantamento, as capitais das 27 unidades da federação reúnem 23,8% da população e 55,1% dos médicos. Ou seja, mais da metade dos registros de médicos em atividade se concentra nas capitais onde mora menos de 1/4 da população do País.
Esse descompasso entre a demanda e a oferta de médicos no Brasil tem relação com a falta de recursos e de estrutura para trabalhar nas cidades menores, valores de salários e outras garantias.
A contratação de médicos é responsabilidade das prefeituras e os salários oferecidos, muitas vezes, não são atrativos. De acordo com a receita da cidade e os repasses vindos da União e estado para a área de saúde, os salários variam entre R$ 3 mil e R$ 11 mil, segundo a médica Daniela Santos.
“A remuneração não é um ponto preponderante para a baixa fixação médica no interior. A possibilidade de cursar uma especialização, uma pós-graduação com especialização em serviço, é um fator determinante, assim como a infraestrutura do ambiente onde o médico será inserido”, disse Stephan Sperling, da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares.
O modelo mercantilista, predominante nas escolas de medicina, e a concentração dessas instituições em poucas cidades, ainda têm forte peso na distribuição desigual de profissionais.
(...) No Brasil, 57,45% das escolas de medicina são privadas e o valor das mensalidades varia entre R$ 3,6 mil e R$ 12,7 mil, conforme mostra o site Escolas Médicas no Brasil. Além disso, as 326 instituições de ensino de medicina do Brasil (públicas e privadas) estão localizadas em 206 cidades, ou seja, em menos de 3,6% dos 5.570 municípios brasileiros.

“Não é cultura das universidades promoverem a atenção primária como solução dos problemas de saúde da população. É preciso criar um novo olhar sobre a saúde brasileira e a formação desse médico”, disse Daniela Santos, médica especialista em Saúde da Família e Comunidade, que cursou a Escola Latino Americana de Medicina (Elam), em Cuba.
Daniela trabalhou no programa Mais Médicos, entre 2015 e 2018, na cidade de Januária, Norte de Minas Gerais. Um município com aproximadamente 70 mil pessoas.
“Quando se tem um médico trabalhando numa cidade com este perfil, o cenário muda bastante. As pessoas não vão morrer mais de diarreia ou de pneumonia, como morriam nos anos 1990, por falta de um diagnóstico precoce”, afirma.
Ana Paula Dias de Sá, que atua há 11 anos na saúde pública e foi supervisora do Programa Mais Médicos, concorda. A formação acadêmica dos médicos no Brasil, em sua opinião, falha ao focar na especialização em detrimento da escuta, do reconhecimento das condições de vida, do exame clínico do paciente.
“No final da década de 1950, o Brasil foi fortemente influenciado pelo chamado modelo Flexneriano, que fragmenta a medicina em especialidades onde o que importa é saber cada vez mais de menos”, completa Dias de Sá.
Ela lembra que as transformações ocorridas no modelo de medicina brasileiro e perfil profissional começaram a ter algumas transformações nos governos do PT.
“É uma profissão elitista e os governos do PT é que ousaram mexer na ferida. Se a formação de médicos não é pautada em valores humanitários, em modificar as condições de saúde do povo, como é que teremos médicos imbuídos disso?”, questiona.

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MODELO DE EDITORIAL
* No primeiro e segundo parágrafos apresenta-se a ideia principal a ser debatida, também denominada de síntese. 

* Em seguida, tem-se o desenvolvimento, o qual constitui o corpo do editorial. Nele são apresentados os argumentos que fundamentam a ideia principal, de forma a convencer o interlocutor acerca da posição defendida.
* No último parágrafo apresenta-se a conclusão, a qual se constitui da solução para o problema evidenciado, como pode também apenas conduzir o leitor a uma reflexão sobre o assunto em pauta.

COLOQUE UM TÍTULO.
REPARE QUE A PREOCUPAÇÃO DO EDITORIALISTA É DAR DADOS. ELE PREOCUPA-SE EM NÃO SER SUBJETIVO COMO FARIA NUM ARTIGO DE OPINIÃO.
E CONTROLA UM POUCO A EMOÇÃO, REPARE
A escola que não ensina


Os índices de educação no Brasil continuam a trazer más surpresas. Muitos falam no aumento da quantidade de crianças e jovens que vão às escolas. Mas por trás desse avanço do ingresso de alunos ainda estão muitas distorções. O IBGE revelou na semana passada que mais de 2,1 milhões de estudantes, com idade entre sete e 14 anos, podem ser considerados analfabetos. Em outras palavras: são jovens que frequentam ou estão matriculados em instituições de ensino, mas não estão aprendendo. O quadro é desolador: basta verificar que este número corresponde a 87,2% dos 2,4 milhões de analfabetos que o Brasil tem na faixa de idade entre sete e 14 anos. Os outros 300 mil estão à margem, absolutamente fora do sistema de ensino. Nos números do instituto dá para se notar ainda que cerca de 30% das crianças com sete anos matriculadas nas escolas não sabem ler e escrever. Essa é considerada a idade fundamental na trajetória de formação dos jovens. E logo nessa faixa etária os números não são nada animadores. Em especial quando se olha para a parte de cima do mapa. A desigualdade social e regional do País tem impacto forte nas estatísticas. No Nordeste do Brasil, o índice dos analfabetos de sete anos sobe para 44%. No Norte, para 39,6%.
O que o trabalho do IBGE traduz essencialmente é que as autoridades, o Estado e o sistema como um todo têm falhado no objetivo básico da educação. Seja pelo conteúdo didático inadequado, seja pela falta de investimentos na formação dos professores, pela má qualidade das estruturas educacionais ou pelo conjunto dessas deficiências. A educação, como todos sabem, é a pedra fundamental no desenvolvimento de qualquer país. E o Brasil tem demorado a fazer o salto de padrão nessa área – podendo vir a comprometer todo o resto. O orçamento destinado pelo governo para tirar o atraso, que vem de décadas de descaso, está longe do ideal. A sociedade, em um grande mutirão que reúna a iniciativa pública e privada, tem que se mobilizar para reverter essa realidade. E um dos caminhos é afastar da frente a ideia da escola que não ensina, que serve apenas como fachada de marketing para interesses eleitoreiros. Já seria um bom começo.

Carlos José Marques, diretor editorial (Revista Época)