O editorial é um tipo de
texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por
objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.
É comum se ter uma seção chamada Editorial na mídia impressa.
Então, a objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, uma vez que o redator dispõe da opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Logo, os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de modo que evidencie a posição da mídia, ou seja, do grupo que está por trás do canal de comunicação, uma vez que os editoriais não são assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.
O editorial possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a interpretação do que aconteceu.
Pelas características apontadas acima, podemos dizer que o editorial é um texto: dissertativo, pois desenvolve argumentos baseados em uma ideia central; crítico, já que expõe um ponto de vista; informativo, porque relata um acontecimento.
O jornal que apresenta matérias excessivamente críticas e opinativas e que não possui um ambiente separado para editoriais é considerado “de opinião”!
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/o-editorial.htm
É comum se ter uma seção chamada Editorial na mídia impressa.
Então, a objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, uma vez que o redator dispõe da opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Logo, os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de modo que evidencie a posição da mídia, ou seja, do grupo que está por trás do canal de comunicação, uma vez que os editoriais não são assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.
O editorial possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a interpretação do que aconteceu.
Pelas características apontadas acima, podemos dizer que o editorial é um texto: dissertativo, pois desenvolve argumentos baseados em uma ideia central; crítico, já que expõe um ponto de vista; informativo, porque relata um acontecimento.
O jornal que apresenta matérias excessivamente críticas e opinativas e que não possui um ambiente separado para editoriais é considerado “de opinião”!
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/o-editorial.htm
Proposta
Considere a seguinte situação: você é dono de
um jornal da faculdade que é FAVORÁVEL à postura dos jovens médicos brasileiros
que se recusam a trabalhar dos rincões mais distantes do Brasil. Escreva um editorial que exponha a sua
postura crítica e argumente.
( Pessoal: o editorial assemelha-se ao artigo de opinião, mas é
menos subjetivo. É claro que tem como base a dissertação que tanto fizemos
durante o ano. Mas é mais sério, no
sentido que que expõe mais dados.
Ele, inclusive, ‘disfarça’ um
pouco o tom parcial, ainda que seja parcial. Faz isso expondo dados e fatos. A
linguagem é menos subjetiva que a do artigo de opinião.
Vou colocar logo no fim do texto um editorial que sirva de
modelinho. *Rose)
TEXTO 1
A distribuição de
médicos inscritos no programa do governo federal Mais Médicos reflete um
problema sério do Brasil que concentra um maior número nas capitais e cidades
mais desenvolvidas, deixando de lado o interior.
Dados em Santa Catarina não foram diferentes e demonstram a insegurança dos profissionais em trabalhar com estruturas mais precárias.
Dos 23 médicos que confirmaram a inscrição e no Estado, 20 escolheram a região litorânea. Das 174 cidades catarinenses inscritas no programa, onde um dos principais critérios era atuar em áreas de difícil acesso e com população em situação de vulnerabilidade, apenas 17 foram contempladas com novos profissionais.
Dados em Santa Catarina não foram diferentes e demonstram a insegurança dos profissionais em trabalhar com estruturas mais precárias.
Dos 23 médicos que confirmaram a inscrição e no Estado, 20 escolheram a região litorânea. Das 174 cidades catarinenses inscritas no programa, onde um dos principais critérios era atuar em áreas de difícil acesso e com população em situação de vulnerabilidade, apenas 17 foram contempladas com novos profissionais.
O professor e
diretor do Centro de Ciências da UFSC, Sérgio Torres, lembra que a falta de
médicos no interior já era uma constante e o resultado das inscrições não foi
uma surpresa, mostrou apenas números esperados, por não criar nenhum atributo
que despertasse o interesse destes profissionais. Caso de Cordilheira Alta, no
Oeste de SC, que aderiu ao programa federal, mas não conseguiu atrair nenhum
médico nesta primeira chamada.
‘’O maior obstáculo são as condições de
trabalho nestes locais. Com a falta de infraestrutura, os médicos se sentem
inseguros e por conta disso optam por cidades mais estruturadas — avalia.
Apesar do programa
"sacudir" o problema, a solução não vai ocorrer em um curto prazo,
defende Torres. Nas cidades pequenas, médicos não querem enfrentar as
dificuldades da falta de estrutura básica, como laboratório para exames e
equipamentos. O apelo é que municípios que não possuam hospital, a rede de
saúde precisa evoluir. Com isso, mesmo com a ida de médico para o interior, a
população continuará dependendo das cidades maiores para a continuação do
atendimento, ou seja, o serviço de ambulância terapia deve continuar sendo
regra nestes locais.
— A rede de saúde
precisa evoluir e não será de uma hora pra outra. Em relação ao programa,
precisamos esperar os resultados para ter mais clareza— diz. http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2013/08/medicos-brasileiros-nao-querem-ir-para-o-interior-no-programa-mais-medicos-4226306.html
Texto 3
A maior parte dos
médicos prefere trabalhar nas grandes cidades e região central. De acordo com o
estudo “Demografia
Médica no Brasil 2018”, coordenada pelo professor Mário Sheffer, do
Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (FMUSP), o Brasil contava em janeiro de 2018, com 452.801 médicos, o
que corresponde à razão de 2,18 médicos por mil habitantes.
Conforme o levantamento, as capitais das 27
unidades da federação reúnem 23,8% da população e 55,1% dos médicos. Ou
seja, mais da metade dos registros de médicos em atividade se concentra
nas capitais onde mora menos de 1/4 da população do País.
Esse descompasso entre a demanda e a oferta
de médicos no Brasil tem relação com a falta de recursos e de estrutura para
trabalhar nas cidades menores, valores de salários e outras garantias.
A contratação de médicos é responsabilidade
das prefeituras e os salários oferecidos, muitas vezes, não são atrativos. De
acordo com a receita da cidade e os repasses vindos da União e estado para a
área de saúde, os salários variam entre R$ 3 mil e R$ 11 mil, segundo a médica
Daniela Santos.
“A remuneração não é um ponto preponderante
para a baixa fixação médica no interior. A possibilidade de cursar uma
especialização, uma pós-graduação com especialização em serviço, é um fator
determinante, assim como a infraestrutura do ambiente onde o médico será
inserido”, disse Stephan Sperling, da Rede Nacional de Médicas e Médicos
Populares.
O modelo mercantilista, predominante nas
escolas de medicina, e a concentração dessas instituições em poucas cidades,
ainda têm forte peso na distribuição desigual de profissionais.
(...) No
Brasil, 57,45% das escolas de medicina são privadas e o valor das mensalidades
varia entre R$ 3,6 mil e R$ 12,7 mil, conforme mostra o site Escolas
Médicas no Brasil. Além disso, as 326 instituições de ensino de
medicina do Brasil (públicas e privadas) estão localizadas em 206 cidades, ou
seja, em menos de 3,6% dos 5.570 municípios brasileiros.
“Não é cultura das universidades promoverem a atenção
primária como solução dos problemas de saúde da população. É preciso criar um
novo olhar sobre a saúde brasileira e a formação desse médico”, disse Daniela
Santos, médica especialista em Saúde da Família e Comunidade, que cursou a
Escola Latino Americana de Medicina (Elam), em Cuba.
Daniela trabalhou no programa Mais Médicos,
entre 2015 e 2018, na cidade de Januária, Norte de Minas Gerais. Um município
com aproximadamente 70 mil pessoas.
“Quando se tem um médico trabalhando numa
cidade com este perfil, o cenário muda bastante. As pessoas não vão morrer mais
de diarreia ou de pneumonia, como morriam nos anos 1990, por falta de um
diagnóstico precoce”, afirma.
Ana Paula Dias de Sá, que atua há 11 anos na
saúde pública e foi supervisora do Programa Mais Médicos, concorda. A formação
acadêmica dos médicos no Brasil, em sua opinião, falha ao focar na
especialização em detrimento da escuta, do reconhecimento das condições de
vida, do exame clínico do paciente.
“No final da década de 1950, o Brasil foi
fortemente influenciado pelo chamado modelo Flexneriano, que fragmenta a
medicina em especialidades onde o que importa é saber cada vez mais de menos”,
completa Dias de Sá.
Ela lembra que as transformações ocorridas no
modelo de medicina brasileiro e perfil profissional começaram a ter algumas
transformações nos governos do PT.
“É uma profissão elitista e os governos do PT
é que ousaram mexer na ferida. Se a formação de médicos não é pautada em
valores humanitários, em modificar as condições de saúde do povo, como é que
teremos médicos imbuídos disso?”, questiona.
.............................................
MODELO DE EDITORIAL
* No primeiro e segundo parágrafos apresenta-se a ideia principal a ser debatida, também denominada de síntese.
* Em seguida, tem-se o desenvolvimento, o qual constitui o corpo do editorial. Nele são apresentados os argumentos que fundamentam a ideia principal, de forma a convencer o interlocutor acerca da posição defendida.
* No último parágrafo apresenta-se a conclusão, a qual se constitui da solução para o problema evidenciado, como pode também apenas conduzir o leitor a uma reflexão sobre o assunto em pauta.
COLOQUE UM TÍTULO.
REPARE QUE A PREOCUPAÇÃO DO EDITORIALISTA É DAR DADOS. ELE PREOCUPA-SE EM NÃO SER SUBJETIVO COMO FARIA NUM ARTIGO DE OPINIÃO.
E CONTROLA UM POUCO A EMOÇÃO, REPARE.
A escola que não ensina
Os índices de educação no Brasil continuam a trazer más surpresas. Muitos falam no aumento da quantidade de crianças e jovens que vão às escolas. Mas por trás desse avanço do ingresso de alunos ainda estão muitas distorções. O IBGE revelou na semana passada que mais de 2,1 milhões de estudantes, com idade entre sete e 14 anos, podem ser considerados analfabetos. Em outras palavras: são jovens que frequentam ou estão matriculados em instituições de ensino, mas não estão aprendendo. O quadro é desolador: basta verificar que este número corresponde a 87,2% dos 2,4 milhões de analfabetos que o Brasil tem na faixa de idade entre sete e 14 anos. Os outros 300 mil estão à margem, absolutamente fora do sistema de ensino. Nos números do instituto dá para se notar ainda que cerca de 30% das crianças com sete anos matriculadas nas escolas não sabem ler e escrever. Essa é considerada a idade fundamental na trajetória de formação dos jovens. E logo nessa faixa etária os números não são nada animadores. Em especial quando se olha para a parte de cima do mapa. A desigualdade social e regional do País tem impacto forte nas estatísticas. No Nordeste do Brasil, o índice dos analfabetos de sete anos sobe para 44%. No Norte, para 39,6%.
O que o trabalho do IBGE traduz essencialmente é que as autoridades, o Estado e o sistema como um todo têm falhado no objetivo básico da educação. Seja pelo conteúdo didático inadequado, seja pela falta de investimentos na formação dos professores, pela má qualidade das estruturas educacionais ou pelo conjunto dessas deficiências. A educação, como todos sabem, é a pedra fundamental no desenvolvimento de qualquer país. E o Brasil tem demorado a fazer o salto de padrão nessa área – podendo vir a comprometer todo o resto. O orçamento destinado pelo governo para tirar o atraso, que vem de décadas de descaso, está longe do ideal. A sociedade, em um grande mutirão que reúna a iniciativa pública e privada, tem que se mobilizar para reverter essa realidade. E um dos caminhos é afastar da frente a ideia da escola que não ensina, que serve apenas como fachada de marketing para interesses eleitoreiros. Já seria um bom começo.
Carlos José Marques, diretor editorial (Revista Época)
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