PROPOSTA
Você é um estudante
da Unicamp e foi convidado pelo Grêmio Estudantil para fazer um panfleto para
distribuir aos estudantes da universidade. Leia os textos abaixo e, a partir
deles, escreva um texto, convidando a todos para a palestra sobre a questão dos
índios. Seu texto deve conter: a) uma explanação sobre os direitos os índios
que se mostram ameaçados; b) a importância de comparecimento à palestra na
Unicamp c) a data e só alguns tópicos importantes da palestra.
DICAS DA ROSE
SOBRE O PANFLETO
Não tem como criar um panfleto sem seduzir as pessoas. Use o tom persuasivo, ou seja, o conativo, expondo a relevância do seu tema. O texto é breve pois ninguém para muito tempo para ler panfleto. Por isso, seja objetivo e fale sem rodeios.
Use linguagem mais coloquial mas não exagere.
Texto 1
Há 30 anos foi promulgada a Constituição brasileira hoje
vigente. Conhecida como “Constituição Cidadã”, seu principal mérito foi ter
ampliado direitos individuais e coletivos num contexto de abertura do país para
o regime democrático. Dentre os muitos avanços em relação aos direitos
fundamentais, destaca-se o capítulo “Dos Índios”, que reconhece aos povos
indígenas a legitimidade de suas diferentes organizações sociais e tradições
culturais, além de seus direitos originários às terras que tradicionalmente
ocupam. Hoje, os direitos por ela garantidos têm sido alvo constante de ataques
e questionamentos, provindos do agronegócio, mineradoras e grandes projetos de
desenvolvimento econômico. Este Fórum tem como proposta reunir, por um lado,
pessoas que desempenharam papéis importantes na elaboração do capítulo “Dos
Índios” e, por outro, os protagonistas da atual luta pela manutenção desses
direitos face às diversas ações contemporâneas que visam a reduzi-los.https://www.foruns.unicamp.br/eventos/30-anos-da-constituicao-e-o-capitulo-dos-indios-na-atual-conjuntura
Texto 2
O ano
2018 apresenta-se como extremamente perigoso e desafiador para os povos
indígenas no Brasil. Os assassinatos dos professores Marcondes Namblá
Xokleng, a pauladas, e Daniel Kabinxana Tapirapé, apedrejado, nos estados de
Santa Catarina e Mato Grosso, respectivamente, no mês de janeiro, e a
queima da base de proteção na terra indígena Karipuna, em Rondônia, e o despejo
extrajudicial com práticas de tortura contra famílias do povo Kaingang, pela
polícia militar do Rio Grande do Sul, em fevereiro, dão mostras inequívocas de
que o patamar de violências e violações contra os povos, seus membros e seus
direitos, alcançou um nível de envergadura insuportável no país.
Embora distantes uns dos outros, os casos acima referidos estão
intimamente ligados ao mesmo fio condutor das ações antindígenas em curso e,
infelizmente, tudo leva a crer que não serão os únicos em 2018. Temos alertado,
insistentemente, acerca da existência e implementação de uma estratégia
anti-indígena no país por parte de setores do Capital, nacional e
transnacional, que atuam no campo brasileiro, que se beneficiam e fortalecem,
cada vez mais, o modelo do agronegócio Brasil afora. Tais setores do Capital,
com seus rígidos tentáculos, se apossaram e dominam poderes do Estado
brasileiro, fazendo do mesmo um apêndice de seus interesses privados sempre
mais privilegiados e protegidos.https://cimi.org.br/2018/02/2018-estrategia-anti-indigena-na-fase-da-barbarie-racionalizada-no-brasil/
Texto 3
Programação
Manhã
8h30 – Credenciamento
9h – Abertura
9h30 – Conferência: Há 30 anos: a
mobilização indígena e a definição do programa mínimo
Palestrante: Ailton Krenak (Fundador do Núcleo de Cultura Indígena, em 1985, da União das Nações Indígenas (UNI), em 1988, e da Aliança dos Povos da Floresta, em 1989).
Mediação: Camila Loureiro Dias (Unicamp)
Palestrante: Ailton Krenak (Fundador do Núcleo de Cultura Indígena, em 1985, da União das Nações Indígenas (UNI), em 1988, e da Aliança dos Povos da Floresta, em 1989).
Mediação: Camila Loureiro Dias (Unicamp)
10h30 – Coffee break
10h45 – De fora e
de dentro da Assembleia Nacional Constituinte: questões, polêmicas e
negociações na definição dos direitos indígenas
Manuela Carneiro da Cunha (Antropóloga, uma das fundadoras da Comissão Pró-Índio, a qual presidiu entre 1979 a 1981. Foi presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), entre 1986 e 1988, período durante o qual teve atuação importante no grupo de trabalho que informou e acompanhou a discussão na Assembleia Constituinte)
José Carlos de Sabóia Magalhães Neto (Foi deputado federal pelo Maranhão na Assembleia Nacional Constituinte, integrando, como titular, a Subcomissão de Negros, Populações Indígenas, Pessoas Deficiente e Minorias, da Comissão da Ordem Social)
Mediação: Marta Amoroso (USP)
Manuela Carneiro da Cunha (Antropóloga, uma das fundadoras da Comissão Pró-Índio, a qual presidiu entre 1979 a 1981. Foi presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), entre 1986 e 1988, período durante o qual teve atuação importante no grupo de trabalho que informou e acompanhou a discussão na Assembleia Constituinte)
José Carlos de Sabóia Magalhães Neto (Foi deputado federal pelo Maranhão na Assembleia Nacional Constituinte, integrando, como titular, a Subcomissão de Negros, Populações Indígenas, Pessoas Deficiente e Minorias, da Comissão da Ordem Social)
Mediação: Marta Amoroso (USP)
12h00–14h00 – Almoço
Tarde
14h00 – Hoje: as
ameaças e a mobilização indígena e da sociedade civil
Samantha Ro’otsitsina de C. Juruna (Mestre em Desenvolvimento Sustentável, é articuladora política e secretária da sua organização de base Namunkurá Associação Xavante NAX)
Luiz Henrique Eloy Terena (Assessor jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil - APIB)
Fabiane Medina da Cruz (AVA-Guarani, mestre em Sociologia UFGD, doutoranda em Ciência Política no IFCH Unicamp, pesquisa feminismo indígena)
Mediação: Artionka Capiberibe
Samantha Ro’otsitsina de C. Juruna (Mestre em Desenvolvimento Sustentável, é articuladora política e secretária da sua organização de base Namunkurá Associação Xavante NAX)
Luiz Henrique Eloy Terena (Assessor jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil - APIB)
Fabiane Medina da Cruz (AVA-Guarani, mestre em Sociologia UFGD, doutoranda em Ciência Política no IFCH Unicamp, pesquisa feminismo indígena)
Mediação: Artionka Capiberibe
15h30 – Coffee break
16h00 – Debate e encerramento
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