quarta-feira, 26 de setembro de 2018

VIOLENCIA NAS ESCOLAS: CAUSA OU SINTOMA DE UMA SOCIEDADE DOENTE

CURSO DE REDAÇAO, SÓ AULA PARTICULAR. ON LINE OU NA MINHA CASA, LIBERDADE, SÃO PAULO, SP.
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Resultado de imagem para entre os muros da escola


Nas escolas brasileiras alunos têm sido violentos, truculentos. Seja com a mestra, com colegas, seja com a escola, espaço físico. Carteiras e banheiros, destruídos. 
Quem já não viu nas redes sociais a foto de uma mestra com o nariz sangrando? 
O que acontece? Estarão malucos os alunos?  Serão violentos porque a escola - e a sociedade -  é violenta com eles? Ou porque não veem entusiasmo e criatividade em sala de aula? Será essa selvageria responsabilidade dos pais? Mimam tanto suas crianças!

Vamos produzir um texto que busque – cautelosamente -  encontrar algumas das causas dessa violência.

Sabemos que colégio  é lugar de descobrir a fruição de aprender.  Mas por que não ocorre?


notícia recente, do dia 28 de setembro de 2018
http://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/216025/aluno-ateia-fogo-em-prova-e-causa-incendio-em-sala.htm

leia aqui também

http://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/61757/escolas-municipais-de-sp-sofrem-com-falta-de-estru.htm




PROPOSTA


VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS: CAUSA OU SINTOMA DE UMA SOCIEDADE DOENTE

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ANTES VEJA O QUE DELEUZE FALA SOBRE O PENSA SER UMA AULA. É CURTINHO. 

https://www.facebook.com/thiagocardassi/videos/992431937481009/


Dados ( função referencial da linguagem)

Uma pesquisa global da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) põe Brasil no topo de um ranking de violência em escolas. O levantamento é o mais importante do tipo e considera dados de 2013. Uma nova rodada está em elaboração e os resultados devem ser divulgados apenas em 2019.


                                         DICA
FILME ACONSELHÁVEL. VEJA ANTES DE DORMIR, POUCO A POUCO POR DIA.
ENTRE OS MUROS DA ESCOLA ( AQUI, COMPLETO)

https://www.youtube.com/watch?v=rBXlPg7nj-Y




texto 1

Em um contexto social mais amplo, as análises sobre o tema têm relacionado o fenômeno da violência nas sociedades modernas, às políticas e aos avanços da sociedade como um todo. O rápido crescimento industrial, a sofisticação das tecnologias, consumo exacerbado, concentração de renda, as privações sociais, como aquelas referentes à aquisição de bens de consumo, ou até mesmo o difícil acesso a serviços essenciais ao ser humano, causam carências, frustrações o que contribuem para a manutenção ou, até mesmo agravamento do problema. Em uma sociedade capitalista, como a brasileira, a concentração de renda se faz de maneira desigual, onde a minoria tem muito dinheiro e a maioria convive com o mínimo necessário. Vive-se em uma sociedade desigual com um discurso elitista onde é preciso trabalhar, para deixar de pertencer à maioria. ( o nome disso é meritocracia).

A desigualdade social de forma geral,  colabora para o aumento da violência em decorrência da fome, estresses e desemprego que afetam grande parte da população. Nesse contexto moderno, que coloca o ser humano em constante contato com mudanças e em que tudo se torna obsoleto, a ideia do ―ter, presente no cotidiano coletivo, justifica ações que objetivam atingir ―o poder e o ser reconhecido,‖ dentro de uma sociedade individualista em que a elevação da auto-estima parece relacionada à desvalorização do outro, (não importam os meios para se conseguir algo), perdendo assim, a noção de solidariedade. Esses fatores resultam em ambiente propício à exacerbação de tensão, de conflitos e atos impulsivos. Independentemente de seus tipos ou formas, atos de violência comprometem as relações sociais dos indivíduos que a sofrem e, particularmente, o desenvolvimento psicológico e emocional da criança, deixando sequelas, afetando nas brincadeiras, no desenvolvimento escolar e no dia-a-dia. Enfim, a criança que sofre algum tipo de violência, não tem um bom desempenho em suas atividades escolares e sociais.

texto 2


Assim, é possível, no âmbito da escola, encontrar estudantes que banalizam a vida e a ordem, praticando atos de violência e vandalismo. Nesse sentido, a privação pode ocorrer em todas as esferas da vida. Uma criança, por exemplo, pode ser privada desde o afeto, até os bens necessários ao seu pleno desenvolvimento. As crianças que sofrem privações afetivas, crescem sem família, sem parâmetros, sem uma direção que age como um facilitador, mostrando a realidade e propiciando a sua compreensão com princípios éticos e morais. Não possuindo um referencial familiar e doméstico, um sentimento de segurança, o indivíduo busca isso fora de casa, na escola, nas drogas e nos mais diversos caminhos. A privação afetiva que algumas crianças sofrem, prejudica a formação de sua personalidade, de seu caráter.


TEXTO 3
...

.... a escola sofre interferências de grupos externos que podem modificar toda a sua organização interna ou rotina diária, manifestada pelas invasões de grupos de forma direta e ameaçadora para solucionar problemas ocorridos fora do ambiente escolar e também do narcotráfico que se manifesta de forma bem sutil, por meio dos alunos, com o objetivo de aumentar o seu domínio social e físico tanto dentro ou fora das escolas. O problema do tráfico nas escolas é preocupante, não só por parte dos professores, diretores, mas por parte dos pais, cientes dos inúmeros problemas gerados pela prática. Os problemas relacionados ao tráfico e utilização de drogas, registrados nas instituições escolares crescem e se agravam a cada dia. Os alunos usuários de drogas apresentam prejuízos no rendimento escolar, saúde, relação familiar, além de estarem mais propensos a distúrbios psicológicos.


texto 4

 Atitudes como investimento em segurança, ou seja, mediadas com vigias e câmeras são consideradas por alguns intelectuais como agravantes. De outra forma, a proposta de parceria com a comunidade, oferece melhores resultados. É o caso da Escola Estadual José do Prado, na região do ABC paulista, que, mediante ação da diretora, conseguiu controlar a violência na escola, por meio de um pacto realizado com os grupos, que resolveram preservar a escola e a ordem; houve aí, uma comunicação, um diálogo, o qual surgiu um efeito de maneira civilizada. Apostar na mobilização da comunidade, como um elo entre o ambiente escolar e não escolar, é algo cada vez mais presente.

* trabalho voluntário pode ser uma proposta de intervenção 



TEXTO 5

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A UNESCO é a favor de que a comunidade faça parte da escola, como ocorre no Rio de Janeiro e Pernambuco, em que foi elaborado um programa. De acordo com ele, nos finais de semana, a escola pública fica aberta para atividades esportivas, recreativas e pedagógicas. Os resultados dessa ação mostraram que a criminalidade diminuiu em até 60%. Segundo a avaliação da Organização das Nações Unidas para a Educação, à Ciência e a Cultura, esse programa colaborou para diminuir as depredações nas instituições, aumentou a participação das famílias nas escolas e melhorou o relacionamento aluno e professor. http://www.faculdadealfredonasser.edu.br/files/pesquisa/Artigo%20VIOL%C3%8ANCIA%20NAS%20ESCOLAS%20-%20CAUSAS%20E%20CONSEQU%C3%8ANCIAS.pdf
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TEXTO 6

Ela lembra que as pesquisas mostram que o aluno muitas vezes também é vítima. "A escola exerce uma violência institucional muito forte sobre seus alunos e professores", lembra. Com pesquisas atualmente em andamento no Rio Grande do Sul e no Ceará, ela lembra que muitas vezes o aluno se torna rebelde e agressivo por não se sentir donos do espaços. "Não conseguem participar", afirma.
Sem fazer juízos sobre o caso específico em Santa Catarina, ela lembra que os levantamentos apontam que um dos principais gatilhos para a violência contra as professoras e os professores está justamente no momento em que um aluno é retirado de sala de aula. "Em geral, você cria situações limites que não precisavam ser criadas. Tem que rediscutir, para ver como se pode viver melhor", diz a pesquisadora, novamente fazendo a ressalva de que não está analisando o caso específico de Santa Catarina.
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A colunista do G1 e especialista em educação, Andrea Ramal, lembra uma declaração da professora agredida em Santa Catarina para refletir sobre o papel dos pais e da sociedade na proteção do professor. Em seu depoimento, a professora escreveu: “Esta é a geração de cristal: de quem não se pode cobrar nada, que não tem noção de nada”.
"A análise (da professora) é coerente com alertas de psicólogos contemporâneos que defendem que os pais estão outorgando poder demais para os filhos. Não estabelecer limites, quase nunca dizer “não” e fazer todas as vontades de crianças e adolescentes são ingredientes-bomba. Derivam na “síndrome do imperador”, um comportamento disfuncional em que os filhos estabelecem suas exigências e caprichos sobre a autoridade dos pais, controlando-os psicologicamente e podendo chegar, não raro, a agressões físicas", afirma Ramal.

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