segunda-feira, 16 de julho de 2018

PROPOSTA DO ETAPA. A INTERNET PODE FAZER A REVOLUÇÃO?

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ALUNOS DO ETAPA VEJAM A PROPOSTA.

COMENTÁRIO E NOTA

Túlio,
Gostei do texto, porque a tese ficou vigorosa.  Você, no entanto, foi direto demais, como se respondesse a uma questão: a internet pode revolucionar?
Sabemos que o Etapa fez a pergunta. Mas precisamos saber que, antes de começar a nossa redação, vale contornar a proposta, dialogar, de leve ou não, com os textos da coletânea. E lemos ali trechos discordantes de que a revolução, ou qualquer revolução, poderia ser realizada por meios virtuais. Isso porque ali tudo é meio disperso. Você não tocou na possibilidade de as redes sociais não levarem à revolução, a mudanças histórias. E, Túlio, teria sido bom mencionar isso para depois REFUTAR aí, sim, usando seu argumento da Primavera Árabe.
Mas preciso dizer que não é errado escolher o caminho X da sua tese sem necessariamente refutar outro posicionamento. Ocorre que ainda que você tivesse optado por essa logística foi direto demais na tese, assim como se dialogasse com o elaborador da proposta.
Não ficou mal, fez um bom trabalho, mas em aula iremos conversar e melhorar o texto.

NOTA 6,8 ( precisamos avaliar se a questão da mulher afegã é revolução)



A Internet revolucionária Gostei do título

     Uma foto de um vendedor de frutas tunisiano esteve em alta nas redes sociais no verão de 2010. Nela, é possível ver (vá direto, não é necessário expor que numa foto é possível ver. Seja mais conciso) um homem -  que, após sabemos ter sido brutalmente espancado por inspetores do governo - ateaou fogo no próprio corpo ( repare que separei o espancamento, usei travessões, pois isso não surge na foto). Essa imagem, a qual foi veiculada pela mídia virtual, serviu de estopim para uma onda de protestos naquele país que culminou na deposição do presidente Ben Ali, evidenciando que, na era da informação e, com o advento das redes sociais, com certeza há espaço para fomentar uma revolução.
     A Revolução de Jasmim, nome (que foi) (mais conciso, Túllio) dado a essa sucessão de manifestações, eclodiu após uma série de ideais libertários tomarem conta de redes sociais, tais como o Facebook e o Twitter, no dia do suicídio do feirante. Os manifestantes, lutando pelo fim do autoritarismo e da dura repressão policial, utilizaram-se da internet para propagar suas ideias e fortalecer o movimento, o qual, após ter prejudicado a imagem de Ben Ali, obrigou-o a se depor (o verbo depor não é pronominal, estude os verbos pronominais, hoje mesmo!). Isso prova que, além da capacidade de mobilizar as pessoas, a Internet possui o poder de revolucionar governos autoritários e de reclamar por direitos individuais. Boa argumentação!
Ademais, as redes sociais são também um instrumento utilizado para dar um fim a práticas desumanas vinculadas à tradição de um país. A exemplo disso, vale conhecer que, no Afeganistão, era permitido por lei apedrejar mulheres as quais haviam cometido crimes de adultério. Entretanto, essa lei deixou de existir após comoções, geradas na Internet, condenarem duramente tal prática, mostrando que o mundo virtual é também responsável por mudanças tradicionais. Mas, Túllio, essa mudança de hábito cultural é uma revolução? Teria sido interessante observar bem a coletânea oferecida pelo Etapa. Ela mencionava Maio de 1968, aí, uma revolução e tanto. Reflita: será que consegue argumentar que a alteração na legislação ( não sei bem se a lei foi mudada, ou se apenas aquela mulher que seria apedrejada livrou-se da pena. Preciso pesquisar) de um país, conseguida em meio a protestos, é uma revolução?
Pode-se inferir, portanto, que no mundo da informação, marcado pela constante circulação de ideias, é possível a realização de uma revolução. Seja no plano político, como na queda de governos repressivos, ou no plano tradicional, a exemplo da mudança na lei afegã, ela já vem ocorrendo em diversas regiões do globo. A conclusão ficou organizada e direta. Mas vamos analisar mais o conteúdo que você expôs?

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