domingo, 30 de dezembro de 2018

FUVESTIANAS: como conciliar o ativismo em prol dos animais aos interesses econômicos da agropecuária?


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                                          PROPOSTA ESTILO FUVEST

O ativismo em prol da causa animal pode representar a evolução da humanidade, já que reflete sobre a dignidade dos bichos.  Por meio dele passou-se a divulgar que judiar dos animais, submetê-los aos testes de laboratórios; criá-los confinados; abandoná-los como se fosse objetos descartáveis, é ato cruel e desumano.
Todavia,  é preciso considerar que a agropecuária, em especial, é um segmento significativo na economia mundial, ainda que use técnicas desumanas tais como o confinamento, transporte e abate das reses e galináceos.
Considerando as ideias apresentadas nos textos e também outras informações que julgar pertinentes, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista: como conciliar o ativismo em prol dos animais aos interesses econômicos da agropecuária?


DICA: NÃO FAÇA CITAÇÕES DE FILÓSOFOS E PENSADORES, DE MODO ALEATÓRIO. SÓ USE BAUMAN ( VIROU MANIA) E FOUCAULT SE, DE FATO, FOR PERTINENTE. 
O MAIS IMPORTANTE É CRIAR UMA PEÇA ESCRITA COM COMEÇO, MEIO E FIM. TESE QUE EVIDENCIE QUE VOCÊ INTERPRETOU BEM A COLETÂNEA E QUE SOUBE ARGUMENTAR EMBASANDO-A DE MODO FORTE.
É CLARO QUE CITAR OUTROS PENSADORES É BEM-VINDO. MAS TENHO PERCEBIDO CITAÇÕES ''SEM NOÇÃO''. ISSO PORQUE O PESSOAL FICA TÃO FIXADO EM BUSCAR FILÓSOFOS PARA INCREMENTAR SEU TEXTO QUE 'ESCORREGAM' NA ORGANIZAÇÃO DAS IDEIAS.



 LEIA OS TEXTOS PARA FAZER SUA REDAÇÃO
O principal sinal de humanidade é a maneira como os seres humanos tratam os animais. O ser realmente humano seria incapaz de tratar mal um animal. O ser realmente sensível e pensante, carinhoso por sentimento e prestável por sistema, teria a delicadeza da superioridade. Há-de reparar-se que as pessoas e as civilizações mais brutas são as que mais maltratam os animais. E preciso um mínimo de humanidade para se ter pena dos bichos. Os bichos não são gente, mas não têm culpa de não ser. Nós temos. 
Por enquanto ainda tratamos os animais como os animais que somos. Tratamo-los como eles, caso mandassem nos seres humanos, nos tratariam a nós. Só que pior. Matamo-los, comemo-los, batemos-lhe, abandonamo-los. Tratamo-los como iguais porque ainda somos iguais a eles. Os animais tratam mal os animais diferentes deles. No dia em que formos superiores cuidaremos deles como deve ser. 

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume' http://www.citador.pt/textos/o-principal-sinal-de-humanidade-miguel-esteves-cardoso

Bichos fadados, pela própria qualidade de sua matéria, à morte violenta, impressiona-me nelas a atitude em face da vida. São generosas, pois vivem de dar, e dão tudo o que têm, sem maiores queixas que as do trespasse, transformando-se num número impressionante de utilidades, como alimentos, adubos, botões, bolsas, palitos, sapatos, pentes e até tapetes — pelegos — como andou em moda. Por isso sou contra o uso de seu nome como insulto. Considero essa impropriedade um atentado à memória de todas as galinhas e vacas que morreram para servir ao homem. Só o leite e o ovo seriam motivo suficiente para se lhes erguer estátua em praça pública. Nunca ninguém fez mais pelo povo que uma simples vaca que lhe dá seu leite e sua carne, ou uma galinha que lhe dá seu ovo. E se o povo não pode tomar leite e comer carne e ovos diariamente, como deveria, culpe-se antes os governos, que não os sabem repartir como de direito. E abaixo os defraudadores e açambarcadores que deitam água ao leite ou vendem o ovo mais caro do que custa ao bicho pô-lo! Vinicius de Moraes, in 'Para Uma Menina Com Uma Flor' http://www.citador.pt/textos/do-amor-aos-bichos-vinicius-de-moraes

‘’Todavia, ninguém boi tem culpa de tanta má-sorte, e lá vai ele tirando, afrontado pela soalheira, com o frontispício abaixado, meio guilhotinado pela canga-de-cabeçada, gangorrando no cós da brocha de couro retorcido, que lhe corta em duas a barbela; pesando de-quina contra as mossas e os dentes dos canzís biselados; batendo os vazios; arfando ao ritmo do costelame, que se abre e fecha como um fole; e com o focinho, glabro, largo e engraxado, vazando baba e pingando gotas de suor. Rebufa e sopra:
"Nós somos bois... Bois-de-carro... Os outros, que vêm em manadas, para ficarem um tempo-das-águas pastando na invernada, sem trabalhar, só vivendo e pastando, e vão-se embora para deixar lugar aos novos que chegam magros, esses todos não são como nós..."
- Eles não sabem que são bois... - apóia enfim Brabagato, acenando a Capitão com um esticão da orelha esquerda. - Há também o homem...
- É, tem também o homem-do-pau-comprido-com-o-marimbondo-na-ponta... - ajunta Dançador, que vem lerdo, mole-mole, negando o corpo. - O homem me chifrou agora mesmo com o pau... http://contosdeaula.blogspot.com/2007/05/conversa-de-bois.html
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‘’O navio saiu do Porto de Santos no dia 5 de fevereiro sob forte pressão de grupos de defesa dos animais - eles afirmam que os bovinos sofreram maus-tratos. Após protestos e processos, a Justiça chegou a proibir a exportação de carga viva em todo o país, mas suspendeu a decisão após o governo do presidente Michel Temer (PMDB) recorrer.
No entanto, a guerra deve continuar nos próximos meses: a expectativa é de que as exportações de animais vivos cresçam 30% neste ano ao mesmo tempo em que diversas ações judiciais tentam impedi-las.
O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) - um mercado de R$ 5,3 bilhões ao ano apenas no Brasil. A maior parte desse montante é de carne processada e congelada, ou seja, os animais são abatidos no Brasil e depois levados aos países compradores.
Há cerca de 20 anos, porém, o Brasil passou a vender também os animais vivos. Eles são transportados de caminhão das fazendas ao porto, colocados em grandes embarcações, viajam milhares de quilômetros pelo mar e, depois, são abatidos no país comprador.

Esse tipo de exportação vem crescendo ano a ano. Segundo Associação Brasileira dos Exportadores de Animais Vivos (Abreav), o Brasil vendeu 460 mil cabeças de gado em pé - nome técnico para a modalidade - em 2017, movimento de R$ 800 milhões e crescimento de 42% em relação a 2016.
"Nós estamos crescendo todos os anos e, em 2018, vamos aumentar as vendas em 30%", diz Ricardo Pereira Barbosa, presidente da Abreav.
A maior parte dos animais vai para países muçulmanos por uma questão religiosa. A carne consumida pelos religiosos deve ser cortada pela técnica halal.
Nesse tipo de corte, os animais devem estar saudáveis ​​no momento do abate, segundo explica Michel Alaby, secretário geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. "O animal é morto de cabeça para baixo e todo o sangue deve ser drenado", diz.
O bicho deve ser abatido por um muçulmano que tenha atingido a puberdade. Ele deve pronunciar o nome de Alá ou recitar uma oração que contenha o nome de Alá durante o processo, com a face do animal voltada para Meca.
Segundo a Câmara Brasil Árabe, as exportações de gados vivos para cinco países árabes, como Iraque e Egito, cresceram 75% nos últimos dois anos - de R$ 273 milhões em 2015 para R$ 412 milhões no ano passado.
A proibição do transporte dos animais foi comemorada por ativistas e ambientalistas, mas acendeu um sinal amarelo no setor agropecuário e também no governo federal. https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43116666
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aqui meu querido DANIEL que termina Medicina. 

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