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PROPOSTA ESTILO FUVEST
O ativismo em prol da causa animal
pode representar a evolução da humanidade, já que reflete sobre a dignidade dos
bichos. Por meio dele passou-se a divulgar que judiar dos animais, submetê-los aos
testes de laboratórios; criá-los confinados; abandoná-los como se fosse objetos
descartáveis, é ato cruel e desumano.
Todavia, é preciso considerar que a agropecuária, em
especial, é um segmento significativo na economia mundial, ainda que use
técnicas desumanas tais como o confinamento, transporte e abate das reses e
galináceos.
Considerando as ideias apresentadas
nos textos e também outras informações que julgar pertinentes, redija uma
dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista: como conciliar o
ativismo em prol dos animais aos interesses econômicos da agropecuária?
DICA: NÃO FAÇA CITAÇÕES DE FILÓSOFOS E PENSADORES, DE MODO ALEATÓRIO. SÓ USE BAUMAN ( VIROU MANIA) E FOUCAULT SE, DE FATO, FOR PERTINENTE.
O MAIS IMPORTANTE É CRIAR UMA PEÇA ESCRITA COM COMEÇO, MEIO E FIM. TESE QUE EVIDENCIE QUE VOCÊ INTERPRETOU BEM A COLETÂNEA E QUE SOUBE ARGUMENTAR EMBASANDO-A DE MODO FORTE.
É CLARO QUE CITAR OUTROS PENSADORES É BEM-VINDO. MAS TENHO PERCEBIDO CITAÇÕES ''SEM NOÇÃO''. ISSO PORQUE O PESSOAL FICA TÃO FIXADO EM BUSCAR FILÓSOFOS PARA INCREMENTAR SEU TEXTO QUE 'ESCORREGAM' NA ORGANIZAÇÃO DAS IDEIAS.
O principal sinal de
humanidade é a maneira como os seres humanos tratam os animais. O ser realmente
humano seria incapaz de tratar mal um animal. O ser realmente sensível e
pensante, carinhoso por sentimento e prestável por sistema, teria a delicadeza
da superioridade. Há-de reparar-se que as pessoas e as civilizações mais brutas
são as que mais maltratam os animais. E preciso um mínimo de humanidade para se
ter pena dos bichos. Os bichos não são gente, mas não têm culpa de não ser. Nós
temos.
Por enquanto ainda tratamos os animais como os animais que somos. Tratamo-los como eles, caso mandassem nos seres humanos, nos tratariam a nós. Só que pior. Matamo-los, comemo-los, batemos-lhe, abandonamo-los. Tratamo-los como iguais porque ainda somos iguais a eles. Os animais tratam mal os animais diferentes deles. No dia em que formos superiores cuidaremos deles como deve ser.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume' http://www.citador.pt/textos/o-principal-sinal-de-humanidade-miguel-esteves-cardoso
Por enquanto ainda tratamos os animais como os animais que somos. Tratamo-los como eles, caso mandassem nos seres humanos, nos tratariam a nós. Só que pior. Matamo-los, comemo-los, batemos-lhe, abandonamo-los. Tratamo-los como iguais porque ainda somos iguais a eles. Os animais tratam mal os animais diferentes deles. No dia em que formos superiores cuidaremos deles como deve ser.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume' http://www.citador.pt/textos/o-principal-sinal-de-humanidade-miguel-esteves-cardoso
Bichos fadados, pela
própria qualidade de sua matéria, à morte violenta, impressiona-me nelas a
atitude em face da vida. São generosas, pois vivem de dar, e dão tudo o que
têm, sem maiores queixas que as do trespasse, transformando-se num número
impressionante de utilidades, como alimentos, adubos, botões, bolsas, palitos,
sapatos, pentes e até tapetes — pelegos — como andou em moda. Por isso sou
contra o uso de seu nome como insulto. Considero essa impropriedade um atentado
à memória de todas as galinhas e vacas que morreram para servir ao homem. Só o
leite e o ovo seriam motivo suficiente para se lhes erguer estátua em praça pública.
Nunca ninguém fez mais pelo povo que uma simples vaca que lhe dá seu leite e
sua carne, ou uma galinha que lhe dá seu ovo. E se o povo não pode tomar leite
e comer carne e ovos diariamente, como deveria, culpe-se antes os governos, que
não os sabem repartir como de direito. E abaixo os defraudadores e
açambarcadores que deitam água ao leite ou vendem o ovo mais caro do que custa
ao bicho pô-lo! Vinicius de Moraes, in 'Para Uma Menina Com Uma Flor' http://www.citador.pt/textos/do-amor-aos-bichos-vinicius-de-moraes
‘’Todavia, ninguém boi tem culpa de tanta má-sorte,
e lá vai ele tirando, afrontado pela soalheira, com o frontispício abaixado,
meio guilhotinado pela canga-de-cabeçada, gangorrando no cós da brocha de couro
retorcido, que lhe corta em duas a barbela; pesando de-quina contra as mossas e
os dentes dos canzís biselados; batendo os vazios; arfando ao ritmo do
costelame, que se abre e fecha como um fole; e com o focinho, glabro, largo e
engraxado, vazando baba e pingando gotas de suor. Rebufa e sopra:
"Nós somos bois... Bois-de-carro... Os outros,
que vêm em manadas, para ficarem um tempo-das-águas pastando na invernada, sem
trabalhar, só vivendo e pastando, e vão-se embora para deixar lugar aos novos
que chegam magros, esses todos não são como nós..."
- Eles não sabem que são bois... - apóia enfim
Brabagato, acenando a Capitão com um esticão da orelha esquerda. - Há também o
homem...
- É, tem também o homem-do-pau-comprido-com-o-marimbondo-na-ponta... -
ajunta Dançador, que vem lerdo, mole-mole, negando o corpo. - O homem me
chifrou agora mesmo com o pau... http://contosdeaula.blogspot.com/2007/05/conversa-de-bois.html
No
entanto, a guerra deve continuar nos próximos meses: a expectativa é de que as
exportações de animais vivos cresçam 30% neste ano ao mesmo tempo em que
diversas ações judiciais tentam impedi-las.
O
Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo, segundo o
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) - um mercado de R$ 5,3
bilhões ao ano apenas no Brasil. A maior parte desse montante é de carne
processada e congelada, ou seja, os animais são abatidos no Brasil e depois
levados aos países compradores.
Há
cerca de 20 anos, porém, o Brasil passou a vender também os animais vivos. Eles
são transportados de caminhão das fazendas ao porto, colocados em grandes
embarcações, viajam milhares de quilômetros pelo mar e, depois, são abatidos no
país comprador.
Esse
tipo de exportação vem crescendo ano a ano. Segundo Associação Brasileira dos
Exportadores de Animais Vivos (Abreav), o Brasil vendeu 460 mil cabeças de gado
em pé - nome técnico para a modalidade - em 2017, movimento de R$ 800 milhões e
crescimento de 42% em relação a 2016.
"Nós
estamos crescendo todos os anos e, em 2018, vamos aumentar as vendas em
30%", diz Ricardo Pereira Barbosa, presidente da Abreav.
A
maior parte dos animais vai para países muçulmanos por uma questão religiosa. A
carne consumida pelos religiosos deve ser cortada pela técnica halal.
Nesse
tipo de corte, os animais devem estar saudáveis no momento do abate, segundo
explica Michel Alaby, secretário geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
"O animal é morto de cabeça para baixo e todo o sangue deve ser
drenado", diz.
O
bicho deve ser abatido por um muçulmano que tenha atingido a puberdade. Ele
deve pronunciar o nome de Alá ou recitar uma oração que contenha o nome de Alá
durante o processo, com a face do animal voltada para Meca.
Segundo
a Câmara Brasil Árabe, as exportações de gados vivos para cinco países árabes,
como Iraque e Egito, cresceram 75% nos últimos dois anos - de R$ 273 milhões em
2015 para R$ 412 milhões no ano passado.
A
proibição do transporte dos animais foi comemorada por ativistas e
ambientalistas, mas acendeu um sinal amarelo no setor agropecuário e também no
governo federal. https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43116666
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aqui meu querido DANIEL que termina Medicina.
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