terça-feira, 10 de julho de 2018

Nova base curricular é aprovada sem ideologia de gênero: avanço ou retrocesso?

aulas presenciais ou on linehttps://www.facebook.com/aula.de.redacao.online/

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Oi, pessoal

Coloquei textos nem tão longos, mas densos. O tema não é fácil.
Leiam tudo. Enfrentem o pior inimigo do vestibulando, a preguiça.

VÍDEOS QUE PODEM AJUDAR

PROGRAMA DE DEBATES NA FÁTIMA BERNARDES
https://www.youtube.com/watch?v=hueP8yQ0g54


Judith Butler no Brasil | Quem tem medo de falar sobre gênero? [legendado]

https://www.youtube.com/watch?v=cozmjJpMakM

resumo das ideias de Judith Butler ( vamos nos lembra de que no Brasil ela foi atacada nas ruas).

http://notaterapia.com.br/2016/01/28/7-conceitos-essenciais-para-entender-o-pensamento-de-judith-butler/


Jovem decide 'voltar a ser homem' após cortar pênis e virar transexual

https://www.facebook.com/sovimleroscomentariosoo/videos/1795829193844862/

MAIS UM TEXTO

http://www.generonumero.media/genero-na-escola-presente/

VEJAM NA NETFLIX ''A GAROTA DINAMARQUESA''
https://www.youtube.com/watch?v=u2TpBtTzwf4
Após meses de debate, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta sexta-feira (15) a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define os parâmetros a serem seguidos por escolas de ensino infantil e fundamental em todo o país. (...) Contrariando muito do que foi estabelecido nos anos em que o Partido dos Trabalhadores esteve no poder, a nova versão da BNCC traz normas para o ensino religioso e a retirada de menções a “questões de gênero”. (...)
A supressão das menções a questões de gênero e orientação sexual foi considerada uma vitória pela Frente Parlamentar Evangélica, presidida pelo deputado pastor Takayama (PSC/PR).
Em nota ao Gospel Prime diz: “Não baixamos a guarda. Não descansamos e nem dormimos!  A Frente Parlamentar Evangélica, juntamente com as Frentes Católica e Em Defesa da Família se uniram e conseguiram essa grande vitória! Foi o primeiro passo! Não esmoreceremos. As orientações sobre identidade de gênero serão discutidas pela comissão do CNE – Conselho Nacional de Educação! E nós estaremos lá. Não vamos deixar que confundam nossas crianças!  O Ensino religioso, também por pressão nossa, ganhará diretrizes sobre o que deve ser ensinado do 1º ao 9º ano. Fizemos isto por todas as crianças e famílias cristãs do nosso Brasil!”
https://noticias.gospelprime.com.br/nova-base-curricular-do-brasil-e-aprovada-sem-ideologia-de-genero/
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A defesa por um modelo de educação baseado na convivência e na pluralidade não implica a imposição de padrões de vida a crianças e adolescentes, tampouco violam direitos fundamentais desses sujeitos. Ao contrário, tal defesa se inspira exatamente na salvaguarda e na promoção de direitos fundamentais previstos no ordenamento jurídico, tendo em vista direcionar-se à construção de um ambiente escolar, como também extra-escolar, fundamentado no respeito e na dignidade de toda e qualquer pessoa humana.
Sendo assim, não se nega uma escola em que estudantes possam trazer conhecimentos aprendidos em casa e dialogar com aqueles dos currículos escolares. Em verdade, essa parece ser a intenção daqueles que pretendem fugir do debate, ao fomentar um novo formato de censura, em que tudo que extrapola o senso comum é tido como doutrinação ou ideológico.
É justamente na narrativa daquilo que se vem chamando no Brasil por “ideologia de gênero” que se encontram amarradas as tratativas para aprovação de projetos de lei municipais e estaduais defendendo uma Escola sem Partido, bem como as tentativas de barrar a vinda da filósofa Judith Butler ao país.

Seus defensores acreditam que os debates promovidos em torno das questões de gênero e diversidade sexual na sociedade seriam capazes de realizar uma espécie de erotização de crianças e adolescentes, os quais teriam sua identidade de gênero e orientação sexual manipulados pelo simples fato de se conversar a respeito da temática. A “ideologia de gênero” representaria, assim, um tipo de imposição ideológica de padrões que, na verdade, deveriam ser evitados, quando não reprimidos. Tais padrões, por sua vez, estariam contidos nas discussões a respeito das discriminações sofridas por pessoas LGBTI no espaço escolar, nos debates acerca da violência direcionada a meninas e mulheres dentro e fora dos muros das escolas, na tentativa de construção de espaços em que as pessoas se sintam acolhidas e não evitadas ou reprimidas.
Curiosamente, não se dão conta de que esses episódios de violência acima mencionados, e cotidianamente vividos, sejam reflexos da imposição de um padrão único de viver. Basta se atentar para o transcurso do ano letivo: dividir a turma em dois blocos, um de meninas e outro de meninos. Elas para o delicado vôlei, eles para o perigoso futebol. Aquelas com maior sensibilidade para as “disciplinas de humanas”, enquanto aqueles naturalmente talentosos para a dureza das “disciplinas de exatas”. Roupas e acessórios com cores adequadas a cada grupo, brinquedos e brincadeiras pertinentes a cada um. Nas festas juninas, um casamento somente entre menina e menino. Inevitavelmente, as perguntas “e as namoradinhas?” para os meninos. E vice-versa.
Tudo isso flui naturalmente nos espaços escolares, reforçando um padrão de vida tido como o correto e, no entanto, não é tido como “ideologia de gênero”. Entretanto, cabe aqui a pergunta que subjaz a todas essas práticas: e quanto àqueles e àquelas que fogem aos ideais de menina e de menino?
(...)
Relatos de bullying, violência e suicídio envolvendo crianças e adolescentes que fogem desse padrão já fazem parte do cotidiano das matérias de jornal. Questionar a perversidade desse modelo, apontar suas falhas, sinalizar para as violências que dele decorrem é o que se pretende com as discussões a respeito de gênero e diversidade sexual nas escolas.
No cenário tal qual instalado, uma das reivindicações dos defensores da Escola sem Partido reporta-se, também, a uma Escola sem Gênero – ou sem “ideologia de gênero”. Ora, se por gênero compreendermos toda essa rede complexa de poder na qual estão contidas as violências vivenciadas no espaço escolar por pessoas que fogem do padrão tido por normal, uma escola sem gênero é exatamente o que se busca com tais debates.
É natural o estranhamento e até mesmo as reações em certa medida agressivas a denúncias de violências praticadas cotidianamente sem que nos demos conta. O que não se pode tolerar é a proibição ao debate aberto e transparente, como o que norteia a construção dos conteúdos escolares através de conferências abertas a todos os interessados. A compreensão de que certas práticas, tanto na educação formal quanto na familiar, são reprodutoras de padrões que destinam homens a um espaço de liberdade e autoridade, mulheres ao recato e à subserviência e LGBTIs a uma vida invisível (e também todas as exclusões que decorrem das questões étnico-raciais, culturais, econômicas e relacionadas à presença de deficiências) não pode ser encarada como opção da família numa democracia acobertada por um valor constitucional que determina a promoção do bem de todos e sem preconceitos que gerem discriminações.
A escola não pode ser um espaço artificial onde são evitadas discussões sobre a realidade vivida dentro de suas salas e fora dela por seus alunos. Defender que a escola seja espaço de ampla discussão sobre diferentes aspectos da vida, inclusive sobre sexualidade, diversidade sexual e identidade de gênero não é o mesmo que dizer que professores devem incentivar os seus alunos a experimentarem formas de vivenciar o afeto e o desejo de maneiras entendidas por não convencionais por suas famílias. O espaço escolar é estratégico para mudança de padrões de comportamento discriminatórios e preconceituosos; privar os alunos dessas discussões é a verdadeira violação que pode ser praticada contra eles.
Camille Vieira da Costa é defensora pública do estado do Paraná. Dhyego Câmara de Araujo é doutorando e mestre em Direito. Rafael Kirchhoff, advogado, é presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero, membro da Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero da OAB/PR e coordenador da área jurídica do Grupo Dignidade para ações constitucionais. https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/identidade-de-genero-nas-escolasdebater-e-discutir-nao-e-o-mesmo-que-induzir-2fbs6r3glp1vqz77n70yzjrmw

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Precisamos falar de gênero e sexualidade na escola?


Grande parte do debate público – especialmente no que tange à Educação – sobre gênero e sexualidade vem sendo veiculado a partir do termo Ideologia de gênero.  Em diversos municípios têm aparecido leis e projetos de leis proibindo o termo de ser trabalhado como conteúdo na escola.
Neste post de hoje, pretendo costurar as questões científicas que já discuti nos três posts anteriores, com os projetos de lei que têm sido apresentados nos municípios, e suas justificativas, especialmente a partir do termo ideologia de gênero.
Não é tarefa simples rastrear as leis municipais e os projetos de lei sobre o tema (apresentarei alguns ao final do post). Às vezes conseguimos apenas ler notícias em jornais e blogs, sem qualquer indicação dos documentos oficiais. Para além das questões jurídicas específicas de inconstitucionalidade*, é pertinente analisarmos o quanto estas leis municipais trazem em si um risco à saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes. E, também, trazem uma distorção do que é, em si, gênero e sexualidade – seja numa discussão biológica ou social.
Inicialmente é fundamental apontar que os documentos oficiais brasileiros – como o Plano Nacional de Educação, Parâmetros Curriculares Nacionais ou o documento mais atual norteador da educação básica, a Base Nacional Comum Curricular – não possuem qualquer menção ao termo ideologia de gênero. Alguns artigos acadêmicos vêm tentando mapear o aparecimento deste termo. Tais pesquisas apontam que ideologia de gênero emerge dentro de espaços de discussões religiosas e foram sendo importados para estes projetos de leis e discussões no âmbito educacional, desprovidos de base científica de qualquer área.
É relevante definirmos a palavra “ideologia”, que tem sido tão veiculada e, a meu ver, tão pouco compreendida nestes debates. Segundo o dicionário Caldas Aulete, o verbete significa:
1.    Ciência da formação das ideias e de um sistema de ideias.
2.    [Fil. Pol. Rel. Soc.] Sistema articulado de ideias, valores, opiniões, crenças etc., organizado como corrente de pensamento, como instrumento de luta política, como expressão das relações entre classes sociais, como fundamento de seita religiosa etc.
3.    [Fil.] No marxismo, o conjunto das formas de consciência social que tem por finalidade legitimar a classe dominante ou, no lado oposto, os interesses revolucionários da classe proletária.
4.    [Hist.] Conjunto das ideias e convicções próprias de uma época, uma sociedade, uma classe etc., e que caracterizam uma situação histórica.
Comumente a palavra ideologia traz em si uma concepção de ideias não somente enviesadas, mas também (e somente) a um só ponto de vista. Deste modo, ao mencionar algo como “ideológico” é, muitas vezes, tratar em tom acusatório um conjunto de ideias – como se existisse algum sistema de ideias “não-ideológico”.
Dentro do significado do dicionário fica clara a noção de que ideologia se vincula ao modo como se formam as correntes de pensamentos (um sistema de ideias) e às diferentes correntes de pensamentos. Não se restringindo, portanto, a apenas um tipo determinado de ideias.
O foco central que se relaciona ao questionamento da ideologia de gênero é contestar o debate atual acerca do gênero e sexualidade serem “construções sociais e culturais”. E tal ênfase tem sido bandeira de luta contra o que se tem estudado sobre a constituição de nossa identidade tanto em termos de gênero, quanto de sexualidade na sociedade. Isto é: ao dizermos que gênero e sexualidade são construções sociais e culturais, estaríamos negando a materialidade biológica humana.
Por outro lado, nos artigos e nas justificativas dos projetos de lei, há também uma grande mistura de termos que não só dificultam o trabalho do professor em sala, mas inviabilizam e ensino de conteúdos básicos, vinculados à saúde sexual e reprodutiva. Como assim?
Concomitante à tentativa de proibição de trabalhar com a ideologia de gênero, incluem-se proibições de outros termos em sala de aula e em materiais didáticos diversos. O ensino de conteúdos vinculados aos termos “educação sexual”, “orientação ou opção sexual”, “diversidade sexual”, “gênero”, “sexualidade”, “identidade de gênero” também são recorrentes nas leis e projetos de lei. Ressalto, ainda, com um certo assombramento, a proibição de tratar sobre “igualdade de gênero” e “direitos sexuais e reprodutivos” em algumas das leis**. A justificativa assenta-se na afirmação de que isto seria inserir a temática da sexualidade “adulta”, às fases da infância e adolescência, além de centrar o debate na questão da moral – que seria algo do âmbito familiar, apenas. Por fim, a ideia de que se trabalhar com gênero e sexualidade seria trabalhar com prostituição, masturbação e incentivar a prática sexual… E aqui há grandes equívocos que são realmente importantes de serem esclarecidos…
Trabalhar com gênero e sexualidade não é destruir famílias, nem apagar preceitos morais familiares. É tão somente apresentar uma diversidade de modos de ser e existir em nosso mundo – pertencente à espécie humana. É ensinar isso dentro dos preceitos científicos atuais, com aporte técnico, científico, teórico que sustentam a ideia de que a diversidade faz parte de nossa espécie. Compreender isso dentro destes campos de conhecimento é possibilitar que as pessoas aprendam a respeitar e a lidar com esta diversidade.
Ressaltar a importância da igualdade de gênero não é negar diferenças biológicas entre homens e mulheres. É, exatamente, discutir o quanto estas diferenças não justificam as hierarquizações sociais impostas historicamente entre homens e mulheres. E homens e mulheres: cis e trans, homo, bi ou heterossexuais – ou outros enquadramentos possíveis. É trazer à baila o quanto a violência sexual e de gênero se relaciona, exatamente, a uma cultura e sociedade que historicamente trata de modo diferenciado pessoas em função de seu gênero e vivência de sua sexualidade (desde que nascemos!).
Por outro lado, debater estes conceitos dentro do âmbito científico na escola, traz uma maior noção de como somos constituídos – biologicamente e socialmente. Tal debate nos dá condições de tomar decisões que dizem respeito à nossa saúde e bem-estar físico e mental. Isto é, aprender a lidar melhor com nosso corpo, a partir da compreensão de sua fisiologia, anatomia, metabolismo e de como isso interagem com a sociedade e a cultura em que vivemos.
E daí? Organizar estes conhecimentos pautados tanto nas Ciências Biológicas, quanto nas Ciências Sociais não é desvirtuar valores familiares! É, sim, dar subsídios para entendermos nossa espécie e nossa sociedade. No próximo post veremos que bases legais nós, professores, temos para discutir estes temas, além das científicas já apresentadas nos posts anteriores! 

(...)
Em 2017, o documento da vez foi a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Dois dias depois de enviar uma versão prévia da terceira e última versão do documento a jornalistas, o Ministério da Educação (MEC) entregou o texto ao Conselho Nacional da Educação (CNE), órgão que está responsável por elaborar um parecer antes da homologação. A BNCC, no entanto, chegou aos conselheiros com uma sutil alteração: foram retirados os termos “gênero” e “orientação sexual” de trechos específicos (leia as mudanças no quadro abaixo). Membros da bancada evangélica comemoram. O MEC justificou a mudança dizendo que o documento “passou por ajustes finais de editoração/redação que identificaram redundâncias” e que “em momento algum as alterações comprometeram ou modificaram os pressupostos da Base Nacional Comum Curricular”.
(...)
Para Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare, integrante do Movimento pela Base Nacional e uma das leitoras críticas da BNCC, o MEC deu um passo atrás no respaldo do tema, o que pode desencadear uma reação em cadeia nos estados e municípios na hora de elaborar o currículo. “É como se a orientação nacional dissesse ‘esse tema não precisa estar tão explicitado’ no currículo. Não estando explicitado, quem vai bancar isso sozinho? Se o MEC banca, redes e escolas se sentem mais fortalecidas para fazer o mesmo”, questiona. “Com isso, o Estado está se desresponsabilizando de ter materiais pedagógicos, garantir formação continuada e de construir políticas públicas que visem de maneira mais incisiva combater discriminações contra estudantes homossexuais e transgêneros, por exemplo”, diz Michele.
Daniel Cara, da Campanha, explica que, no processo de escolarização, muitos foram impedidos de concluir seus estudos por conta de preconceitos de colegas, professores e até da família. E a escola não pode ser conivente com qualquer tipo de discriminação, especialmente quando ela se torna recorrente e vira um caso de bullying (entenda aqui). “Bullying é uma das causas de abandono dos estudos no Brasil. Precisamos ter essa preocupação porque o abandono está ligado a um processo educacional falho. Não podemos mascarar essa realidade. Se a Base não pode contribuir com isso, é lamentável. Perde-se uma oportunidade ímpar de fazer esse debate”, comenta Idilvan Alencar, secretário de Educação do Ceará e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
Repercussão
A explicação do MEC realmente não convenceu e a alteração – e, principalmente, a forma que ela foi feita, sem avisar ninguém – gerou críticas de organizações ligadas à Educação. Para Idilvan, do Consed, a retirada de última hora das expressões foi desrespeitosa com os participantes do debate de construção da Base. “Se essa explicação que o MEC deu se trata mesmo apenas de redundância e não tem nada de ideológico por trás, é muito simples de resolver esse impasse: é só incluir o termo de volta. São poucas palavras em um documento de tantas páginas”, aponta. Outros secretários estaduais concordaram com a reclamação de Idilvan, que levou o tema ao Consed para discutir os possíveis encaminhamentos. (...)
Anna Penido, do Instituto Inspirare, lembra que o MEC não deixou de explicitar outras formas de diversidade no texto. “Só os termos ‘gênero’ e ‘orientação sexual’ foram retirados. Eu não vejo um motivo para essa exclusão que não seja evitar polêmica. Certamente essa mudança se deu por conta de pressão ou do receio de sofrer pressão de grupos mais conservadores da sociedade”, diz.
Outras instituições também mostraram preocupação com as alterações feitas na Base Nacional Comum Curricular. O Movimento pela Base, formado por diversas organizações a favor da construção colaborativa do documento, disse que “foi surpreendido pela retirada de menções a identidade de gênero e orientação sexual do texto” entregue ao Conselho Nacional de Educação e reforçou que defende e estimula o respeito à diversidade. “Embora o atual texto da Base siga defendendo a pluralidade, a diversidade e o combate ao preconceito, acreditamos que identidade de gênero e orientação sexual, pela sua relevância, devam estar explicitamente colocadas ao longo do texto”, publicou o Movimento.
A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) também se expressou sobre o tema. Em nota, o órgão disse que busca “uma Educação que, para além da inclusão, reconheça a expressão de gênero, orientação sexual e identidade de gênero, como sendo questões fundamentais para nossa constituição como pessoas de direitos” e que a exclusão dos termos “além de ferir a constituição federal, vai contra todos os debates realizados durante os últimos anos nos espaços constituídos de forma democrática”. A ABGLT apela para que o CNE reinsira os termos no documento final, que deve ser homologado no segundo semestre deste ano.
No dia 13 de abril, relatores do Alto Comissariado de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) se posicionaram sobre a discussão afirmando que a “discussão sobre gênero e diversidade sexual é fundamental para prevenir estereótipos de gênero e atitudes homofóbicas entre estudantes”. https://novaescola.org.br/conteudo/4900/os-termos-genero-e-orientacao-sexual-tem-sido-retirados-dos-documentos-oficiais-sobre-educacao-no-brasil-por-que-isso-e-ruim
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CARTAS DE LEITORES À REVISTA NOVA ESCOLA

Nova Escola, que matéria preconceituosa e tendenciosa! Que tal dar voz ao outro lado, aos que não desejam que seus filhos sejam vítimas dessa ideologia de gênero terrível? No mais, em um País com tantos analfabetos funcionais os educadores deveriam estar mais preocupados com matérias básicas em vez de bancar ideologias!
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A escola não deve educar, mas sim os pais. Cabe aos pais educar seus filhos sobre sexualidade, religião e política. 

As escolas não podem ser utilizadas para que Professores esquerdistas, ideologistas-políticos imponham seus ideoligias aos alunos.
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É tudo uma questão de respeito,e como diz minha mãe, "respeito a gente conquista não se impõe".
Fala-se muito sobre " tolerância e intolerância", a questão não é essa, quando eu respeito eu não preciso tolerar eu simplesmente respeito, e respeito se aprende com educação moral e cívica, entender até aonde vai o meu ddireito e onde começa o direito do outro .

Não se pode impor padrões de comportamento as pessoas, elas são livres para tomar suas "próprias decisões", quando "entenderem" que devem tomá-la.
A escola tem o dever de ensinar 'ciências" e não o de "desconstruir" crenças e valores por ac...Ver mais
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Acredito que educar deva ser compromisso das famílias, ensinar deva ser missão das escolas. Porém depois de embate de contra os princípios particulares de certas famílias, se faz necessário abandonar as escolas e optar pela Educação Domiciliar ou Homeschooing

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A "ideologia de gênero" é uma expressão usada pelos críticos da ideia de que os gêneros são, na realidade, construções sociais. Para os defensores desta "ideologia", não existe apenas o gênero "masculino" e "feminino", mas um espectro que pode ser livremente escolhido pelo indivíduo.
A chamada "ideologia de gênero" representaria o conceito que sustenta a identidade de gênero. Consiste na ideia de que os seres humanos nascem "iguais", sendo a definição do "masculino" e do "feminino" um produto histórico-cultural desenvolvido tacitamente pela sociedade.
Tradicionalmente, a palavra gênero costuma ser interpretada como sinônimo do sexo atribuído, ou seja, correspondente ao órgão sexual que o indivíduo nasceu (pênis é masculino, vagina é feminino). Mas, de acordo com a identidade de gênero, o fato de determinada pessoa ter nascido com o órgão sexual masculino, não faz com que esta se identifique obrigatoriamente como um homem. 
Deste modo, os defensores da nomeada "ideologia de gênero" identificam gênero como a projeção de tudo aquilo o que a sociedade e a cultura esperam que seja típico do comportamento masculino e feminino, por exemplo. E, neste caso, estes comportamentos não precisam estar obrigatoriamente ligados ao sexo atribuído.
Outra confusão comum é entre a identidade de gênero e orientação sexual, sendo esta última referente a preferência sexual que determinada pessoa possui, e que pode ser dividida em: assexual; homossexual; bissexual e pansexual, por exemplo.
Assim, a "ideologia de gênero" seria a abrangência destas ideias, colocando o "gênero" como algo que pode ser mutável e não limitado, como define as ciências biológicas.


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