PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e
com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: " Os custos da perda e desperdício de alimentos", apresentando proposta de intervenção,
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
O desperdício de alimentos é uma
realidade, mas geralmente é feito sem consciência da gravidade desse hábito.
Sim, hábito, porque segundo uma pesquisa feita pela Edelman a pedido da
Unilever, 49% dos brasileiros jogam comida fora diariamente. Se
analisarmos semanalmente, o número sobe para 61%, e o cenário torna-se mais
crítico: esses alimentos estão em perfeito estado, ainda próprios para consumo.
"Vivemos em uma cultura de desperdício. A gente
é leviano (irresponsável) com muita coisa, não só com comida", afirma
Luciana Quintão, presidente da ONG (
Organização Não Governamental) Banco de Alimentos, que cita ainda o
desperdício de água e energia como exemplos de maus hábitos do brasileiro.
"Tem gente que desperdiça por não conhecer ou porque não procura saber.
Existe uma zona de conforto que as pessoas precisam mudar. Tudo isso: hábito
repetitivo, falta de conhecimento, um não querer saber, vira uma coisa cultural", avalia.
Embora esse comportamento seja diário, as pessoas
não estão cientes dele. Segundo a pesquisa, apenas 23% dos brasileiros admitem
desperdiçar comida quando perguntados diretamente. Os outros 77% afirmam que
raramente ou nunca jogam alimentos no lixo. Mas, quando são questionados nos
detalhes, como a frequência e a quantidade de alimentos jogados fora, a
realidade é outra.
Para a coordenadora estadual do Mesa Brasil /Sesc/ São Paulo, Luciana
Gonçalves, a ideia antiga de que o Brasil é um País com recursos abundantes faz
com que as pessoas achem que nunca vai faltar comida. "É um traço da população. Eu gosto da
relação que já ouvi de que nunca vivemos uma guerra. Nossa realidade é que uns
têm o que comer e outros não. A gente não sabe o que é não ter o que comer
depois de amanhã. Isso reforça o hábito de que nossa mesa sempre tem de ser
farta, abundante", analisa.
O desperdício, segundo ela, independe das condições socioeconômicas das famílias - mas acontece
em escalas distintas. De acordo com a
pesquisa, feita com duas mil pessoas dos Estados Unidos, mil do Brasil e
mil da Argentina, os americanos desperdiçam diária e semanalmente mais do que
brasileiros e argentinos. Uma hipótese para o fato, segundo as fontes ouvidas
pela reportagem, é de que, quanto maior o nível socioeconômico, maior é o
desperdício e menor a importância que se dá a ele.
Por que desperdiçam? Um dos motivos que levam as
pessoas ao desperdício é a cegueira da
geladeira. O termo traduz o hábito
de, ao abrir a geladeira, não ver "nada de bom" para comer - embora
haja alguns itens ali - ou ignorar os alimentos disponíveis. Às vezes, a pessoa
não sabe o que fazer com eles, como combiná-los e acaba descartando-os ou
comprando mais produtos.
Outros fatores apontados pela pesquisa são: comprar mais do que o necessário,
aproveitar ofertas, comprar algo novo para experimentar (que depois não gosta e
joga fora), não saber armazenar corretamente, ter menos confiança em suas
habilidades na cozinha e não comer tudo o que foi preparado.
No geral, 72% dos que responderam a pesquisa sentem
culpa quando jogam comida fora (sendo mais prevalente no Brasil, com 80%) e 69%
se sentem mal pelo dinheiro que é gasto com a comida que foi para o lixo (taxa
maior nos EUA, com 74%). Itens variados
disponíveis na geladeira podem ser combinados em uma nova receita. O site do Mesa Brasil disponibiliza uma lista de receitas de
acordo com o ingrediente escolhido pelo internauta.
(...)
O desperdício de comida é um problema que pode começar a ser resolvido dentro
de casa, mas poucas pessoas se responsabilizam por isso. A pesquisa indica que
brasileiros e americanos culpam mais os restaurantes e lojas de comida do que
eles mesmos. Na Argentina, a situação é levemente inversa.
Segundo a presidente da ONG Banco
de Alimentos, uma mudança agora pode impactar as futuras gerações e só
acontecerá por meio de "conscientização, auto-educação e de tomar para si
a responsabilidade da construção do mundo a sua volta".
Ela considera ainda que a grade curricular
das escolas deveria incluir esse tipo de ensinamento. "Primeiro, promover o desenvolvimento
integral desse ser humano. Depois, como
lidar com a sociedade, qual seu papel nela, promover cuidados e desenvolver nos
jovens o ideal de servir, no bom sentido", diz.
Luciana Gonçalves, do Mesa Brasil, percebe mudanças
individuais. Criado em São Paulo em 1994 e, desde 2003, presente em todo o
País, o programa conta com grandes doadores - como supermercados, centrais
de abastecimento e restaurantes - para
fornecer alimentos que seriam descartados, mas ainda em bom estado, para instituições sociais. O processo
envolve conversas com os funcionários dessas empresas.
"A gente explica o que pode ser doado, em que
estado o alimento tem de estar e mostra para onde ele vai. A pessoa que antes
separava tudo no estabelecimento percebe o tanto de alimento bom que jogava no
lixo. Segundo ela, quando é revelada uma nova significação da importância do
alimento, as pessoas passam a agir de forma diferente. Mais
de 60% dos brasileiros desperdiçam alimento em bom estado, diz pesquisa https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2018/06/epoca-negocios-mais-de-60-dos-brasileiros-desperdicam-alimento-em-bom-estado-diz-pesquisa.html
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Diariamente,
toneladas de frutas, verduras, legumes e demais alimentos não utilizados ou
vendidos em locais como feiras, padarias, supermercados, indústrias, centrais
de abastecimento e restaurantes vão parar no lixo. São produtos in natura ou
industrializados que não têm valor comercial, mas poderiam muito bem
complementar a refeição de muitas pessoas. O Mesa Brasil Sesc São Paulo nasceu
desse pensamento.
Criado em São Paulo em 1994 e, desde 2003, presente em todo o
país, o programa funciona como uma rede de combate à fome, ao desperdício e à
má distribuição de alimentos, baseado na parceria entre a sociedade civil, o
empresariado e as instituições sociais. Por meio da coleta e da distribuição
urbana, a iniciativa doa alimentos que seriam descartados para localidades onde
fazem a diferença.
O Mesa Brasil Sesc São Paulo também possui uma frente educativa,
oferecendo cursos, treinamentos e oficinas aos funcionários das empresas e
instituições participantes. São aulas e palestras que orientam no preparo,
armazenamento, aproveitamento integral e diversidade de cardápio — visando, assim,
diminuir o desperdício. https://mesabrasil.sescsp.org.br/cozinhar.aspx
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Um terço de toda a comida produzida no mundo é desperdiçada,
segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, a
FAO. Isso representa 1,3 bilhão de toneladas de comida todos os anos.
A agência da ONU cita alimentos
usados em celebrações como o Ramadã, o Ano Novo na Rússia, o solstício na
Coreia do Sul e o Natal no Reino Unido ao detalhar seis ações estratégicas. A
meta é acabar com este problema, “seja qual for o feriado”.
A FAO explica que celebrações “são um ótimo momento para festejar com
comida e apreciá-la”. Apesar disso, em várias partes do mundo, as festas
populares “tornaram-se sinônimos de comer demais e desperdiçar comida”.
Segundo a FAO, quando isso acontece, “todos os recursos, como sementes,
água, dinheiro e trabalho, usados para a fazer a comida, também são perdidos”.
Primeiro, a agência diz que é preciso ser realista e programar a
quantidade de comida necessária. Segundo, deve-se congelar os alimentos que
sobram ou oferecer aos convidados. A FAO afirma que a comida não deve ser
deixada à temperatura ambiente mais do que duas horas.
Também aconselha a transformar o que resta em almoço ou jantar do dia
seguinte, dando o exemplo de algumas receitas. A FAO acredita que se deve
acabar com alimentos que restam antes de cozinhar algo novo.
Outro conselho é que os convidados possam servir a si próprios, para que
escolham a quantidade de comida que conseguem comer. Finalmente, a FAO diz que
se deve doar tudo o que não for consumido.
A agência da ONU acredita que “o desperdício de comida se tornou um
hábito perigoso”. No dia a dia, isso acontece “quando se compra mais do que que
é preciso no supermercado, se deixa frutas e vegetais apodrecer em casa, ou
quando se pede mais do que se consegue comer num restaurante”. https://nacoesunidas.org/fao-recomenda-acoes-para-evitar-perder-um-terco-da-comida-no-mundo/
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Países ricos e pobres desperdiçam na mesma proporção, a diferença é a forma: nos subdesenvolvidos, 40% das perdas acontecem na colheita e no transporte. Já nos países desenvolvidos, a mesma proporção é desperdiçada no consumo, de acordo com a FAO. O Brasil, segundo técnicos da Embrapa, pode ser enquadrado nos dois modelos, dependendo da região ou da localidade. Se há muita perda no campo, 39 mil toneladas de alimentos próprios para consumo são jogados no lixo todos os dias pelos consumidores.
Apesar de “não ser justo que pessoas passem fome e outras joguem no lixo uma quantidade extraordinária de alimentos”, como afirmou a presidente da CRA, senadora Ana Amélia (PP-RS), jogar comida fora, seja in natura, processada ou industrializada, é um costume brasileiro desdobrado em vários cacoetes.
Quebrar a ponta do quiabo para ver se está tenro é um deles, conforme mencionou em audiência pública no Senado o pesquisador da Embrapa Antônio Gomes. “Depois disso, alguém vai comprar aquele quiabo que está na gôndola?”, questionou.
O também pesquisador da Embrapa Gustavo Porpino acompanhou o dia a dia de famílias brasileiras e norte-americanas de baixa renda com o intuito de diagnosticar os fatores e os diferentes comportamentos que as levam a jogar comida fora (bit.ly/desperd-embra).
Porpino traçou perfis dos desperdiçadores levando em consideração atitudes como a de comer doces antes das refeições; jogar quantidades grandes de comida fora sem remorso; cozinhar mais do que o necessário; guardar sobras na geladeira até que estraguem; e planejar a compra e o preparo da comida de forma consciente.
No Brasil, 41% das famílias são desperdiçadoras, ou seja, jogam comida fora sem dó. Já nos Estados Unidos, apenas 15% foram classificadas nessa categoria. Para o pesquisador, os norte-americanos têm um sentimento de culpa maior com relação a jogar a comida no lixo “porque são educados conforme a doutrina da religião protestante”. Já para a cultura do brasileiro, o ato de jogar no lixo uma comida que poderia ser reaproveitada “traz um distanciamento da pobreza”.
A compra mensal abundante também foi associada ao desperdício. A prática, acredita Gustavo, pode ser justificada pela instabilidade financeira das famílias pesquisadas, o que as leva a aproveitar promoções do tipo “pague 2 e leve 3”. “Eu fotografei estoques com 18 garrafas de óleo, 15 quilos de arroz, mesmo em casas com apenas um casal e um filho”, atesta o pesquisador.https://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/regulacao-economica/desperdicio-de-alimentos/brasil-um-desperdicador-em-dois-mundos
Acessem os links para absorverem mais
conhecimento.
Quais são os custos da perda e desperdício de
alimentos?
Escola faz projeto para
conscientizar alunos sobre desperdício de alimentos
https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/nossas-novidades/videos/escola-faz-projeto-para-conscientizar-alunos-sobre-desperdicio-de-alimentos/
AULAS PARTICULARES DE REDAÇÃO ON LINE OU PRESENCIAIS. INCLUSIVE AOS SÁBADOS.
Informe-se: https://www.facebook.com/aula.de.redacao.online/
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