sexta-feira, 17 de agosto de 2018

PROPOSTA ESTILO ENEM. Os custos da perda e desperdício de alimentos


PROPOSTA DE REDAÇÃO
 A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: Os custos da perda e desperdício de alimentos", apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 

O desperdício de alimentos é uma realidade, mas geralmente é feito sem consciência da gravidade desse hábito. Sim, hábito, porque segundo uma pesquisa feita pela Edelman a pedido da Unilever, 49% dos brasileiros jogam comida fora diariamente. Se analisarmos semanalmente, o número sobe para 61%, e o cenário torna-se mais crítico: esses alimentos estão em perfeito estado, ainda próprios para consumo.
"Vivemos em uma cultura de desperdício. A gente é leviano (irresponsável) com muita coisa, não só com comida", afirma Luciana Quintão, presidente da ONG ( Organização Não Governamental) Banco de Alimentos, que cita ainda o desperdício de água e energia como exemplos de maus hábitos do brasileiro. "Tem gente que desperdiça por não conhecer ou porque não procura saber. Existe uma zona de conforto que as pessoas precisam mudar. Tudo isso: hábito repetitivo, falta de conhecimento, um não querer saber, vira uma coisa cultural", avalia.
Embora esse comportamento seja diário, as pessoas não estão cientes dele. Segundo a pesquisa, apenas 23% dos brasileiros admitem desperdiçar comida quando perguntados diretamente. Os outros 77% afirmam que raramente ou nunca jogam alimentos no lixo. Mas, quando são questionados nos detalhes, como a frequência e a quantidade de alimentos jogados fora, a realidade é outra.

Para a coordenadora estadual do Mesa Brasil /Sesc/ São Paulo, Luciana Gonçalves, a ideia antiga de que o Brasil é um País com recursos abundantes faz com que as pessoas achem que nunca vai faltar comida. "É um traço da população. Eu gosto da relação que já ouvi de que nunca vivemos uma guerra. Nossa realidade é que uns têm o que comer e outros não. A gente não sabe o que é não ter o que comer depois de amanhã. Isso reforça o hábito de que nossa mesa sempre tem de ser farta, abundante", analisa.
O desperdício, segundo ela, independe das condições socioeconômicas das famílias - mas acontece em escalas distintas. De acordo com a pesquisa, feita com duas mil pessoas dos Estados Unidos, mil do Brasil e mil da Argentina, os americanos desperdiçam diária e semanalmente mais do que brasileiros e argentinos. Uma hipótese para o fato, segundo as fontes ouvidas pela reportagem, é de que, quanto maior o nível socioeconômico, maior é o desperdício e menor a importância que se dá a ele.
Por que desperdiçam? Um dos motivos que levam as pessoas ao desperdício é a cegueira da geladeira. O termo traduz o hábito de, ao abrir a geladeira, não ver "nada de bom" para comer - embora haja alguns itens ali - ou ignorar os alimentos disponíveis. Às vezes, a pessoa não sabe o que fazer com eles, como combiná-los e acaba descartando-os ou comprando mais produtos.
Outros fatores apontados pela pesquisa são: comprar mais do que o necessário, aproveitar ofertas, comprar algo novo para experimentar (que depois não gosta e joga fora), não saber armazenar corretamente, ter menos confiança em suas habilidades na cozinha e não comer tudo o que foi preparado.
No geral, 72% dos que responderam a pesquisa sentem culpa quando jogam comida fora (sendo mais prevalente no Brasil, com 80%) e 69% se sentem mal pelo dinheiro que é gasto com a comida que foi para o lixo (taxa maior nos EUA, com 74%). Itens variados disponíveis na geladeira podem ser combinados em uma nova receita. O site do Mesa Brasil disponibiliza uma lista de receitas de acordo com o ingrediente escolhido pelo internauta. 
(...)
O desperdício de comida é um problema que pode começar a ser resolvido dentro de casa, mas poucas pessoas se responsabilizam por isso. A pesquisa indica que brasileiros e americanos culpam mais os restaurantes e lojas de comida do que eles mesmos. Na Argentina, a situação é levemente inversa.
Segundo a presidente da ONG Banco de Alimentos, uma mudança agora pode impactar as futuras gerações e só acontecerá por meio de "conscientização, auto-educação e de tomar para si a responsabilidade da construção do mundo a sua volta".
Ela considera ainda que a grade curricular das escolas deveria incluir esse tipo de ensinamento. "Primeiro, promover o desenvolvimento integral desse  ser humano. Depois, como lidar com a sociedade, qual seu papel nela, promover cuidados e desenvolver nos jovens o ideal de servir, no bom sentido", diz.
Luciana Gonçalves, do Mesa Brasil, percebe mudanças individuais. Criado em São Paulo em 1994 e, desde 2003, presente em todo o País, o programa conta com grandes doadores - como supermercados, centrais de abastecimento e restaurantes - para fornecer alimentos que seriam descartados, mas ainda em bom estado, para instituições sociais. O processo envolve conversas com os funcionários dessas empresas.
"A gente explica o que pode ser doado, em que estado o alimento tem de estar e mostra para onde ele vai. A pessoa que antes separava tudo no estabelecimento percebe o tanto de alimento bom que jogava no lixo. Segundo ela, quando é revelada uma nova significação da importância do alimento, as pessoas passam a agir de forma diferente. Mais de 60% dos brasileiros desperdiçam alimento em bom estado, diz pesquisa https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2018/06/epoca-negocios-mais-de-60-dos-brasileiros-desperdicam-alimento-em-bom-estado-diz-pesquisa.html
.....................................................................................................................................................................................................
Diariamente, toneladas de frutas, verduras, legumes e demais alimentos não utilizados ou vendidos em locais como feiras, padarias, supermercados, indústrias, centrais de abastecimento e restaurantes vão parar no lixo. São produtos in natura ou industrializados que não têm valor comercial, mas poderiam muito bem complementar a refeição de muitas pessoas. O Mesa Brasil Sesc São Paulo nasceu desse pensamento.
Criado em São Paulo em 1994 e, desde 2003, presente em todo o país, o programa funciona como uma rede de combate à fome, ao desperdício e à má distribuição de alimentos, baseado na parceria entre a sociedade civil, o empresariado e as instituições sociais. Por meio da coleta e da distribuição urbana, a iniciativa doa alimentos que seriam descartados para localidades onde fazem a diferença.
O Mesa Brasil Sesc São Paulo também possui uma frente educativa, oferecendo cursos, treinamentos e oficinas aos funcionários das empresas e instituições participantes. São aulas e palestras que orientam no preparo, armazenamento, aproveitamento integral e diversidade de cardápio — visando,  assim, diminuir o desperdício. https://mesabrasil.sescsp.org.br/cozinhar.aspx
........................................................................................................
Um terço de toda a comida produzida no mundo é desperdiçada, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, a FAO. Isso representa 1,3 bilhão de toneladas de comida todos os anos.
A agência da ONU cita alimentos usados em celebrações como o Ramadã, o Ano Novo na Rússia, o solstício na Coreia do Sul e o Natal no Reino Unido ao detalhar seis ações estratégicas. A meta é acabar com este problema, “seja qual for o feriado”.
A FAO explica que celebrações “são um ótimo momento para festejar com comida e apreciá-la”. Apesar disso, em várias partes do mundo, as festas populares “tornaram-se sinônimos de comer demais e desperdiçar comida”.
Segundo a FAO, quando isso acontece, “todos os recursos, como sementes, água, dinheiro e trabalho, usados para a fazer a comida, também são perdidos”.
Primeiro, a agência diz que é preciso ser realista e programar a quantidade de comida necessária. Segundo, deve-se congelar os alimentos que sobram ou oferecer aos convidados. A FAO afirma que a comida não deve ser deixada à temperatura ambiente mais do que duas horas.
Também aconselha a transformar o que resta em almoço ou jantar do dia seguinte, dando o exemplo de algumas receitas. A FAO acredita que se deve acabar com alimentos que restam antes de cozinhar algo novo.
Outro conselho é que os convidados possam servir a si próprios, para que escolham a quantidade de comida que conseguem comer. Finalmente, a FAO diz que se deve doar tudo o que não for consumido.
A agência da ONU acredita que “o desperdício de comida se tornou um hábito perigoso”. No dia a dia, isso acontece “quando se compra mais do que que é preciso no supermercado, se deixa frutas e vegetais apodrecer em casa, ou quando se pede mais do que se consegue comer num restaurante”. https://nacoesunidas.org/fao-recomenda-acoes-para-evitar-perder-um-terco-da-comida-no-mundo/
..............................................................................................................




Coleta de alimentos no lixo ainda é cena comum no Brasil, resultado de inércia cultural, dificuldade na fixação de padrões morais e falhas no sistema de abastecimento
Países ricos e pobres desperdiçam na mesma proporção, a diferença é a forma: nos subdesenvolvidos, 40% das perdas acontecem na colheita e no transporte. Já nos países desenvolvidos, a mesma proporção é desperdiçada no consumo, de acordo com a FAO. O Brasil, segundo técnicos da Embrapa, pode ser enquadrado nos dois modelos, dependendo da região ou da localidade. Se há muita perda no campo, 39 mil toneladas de alimentos próprios para consumo são jogados no lixo todos os dias pelos consumidores.
Apesar de “não ser justo que pessoas passem fome e outras joguem no lixo uma quantidade extraordinária de alimentos”, como afirmou a presidente da CRA, senadora Ana Amélia (PP-RS), jogar comida fora, seja in natura, processada ou industrializada, é um costume brasileiro desdobrado em vários cacoetes.
Quebrar a ponta do quiabo para ver se está tenro é um deles, conforme mencionou em audiência pública no Senado o pesquisador da Embrapa Antônio Gomes. “Depois disso, alguém vai comprar aquele quiabo que está na gôndola?”, questionou.
O também pesquisador da Embrapa Gustavo Porpino acompanhou o dia a dia de famílias brasileiras e norte-americanas de baixa renda com o intuito de diagnosticar os fatores e os diferentes comportamentos que as levam a jogar comida fora (bit.ly/desperd-embra).
Porpino traçou perfis dos desperdiçadores levando em consideração atitudes como a de comer doces antes das refeições; jogar quantidades grandes de comida fora sem remorso; cozinhar mais do que o necessário; guardar sobras na geladeira até que estraguem; e planejar a compra e o preparo da comida de forma consciente.
No Brasil, 41% das famílias são desperdiçadoras, ou seja, jogam comida fora sem dó. Já nos Estados Unidos, apenas 15% foram classificadas nessa categoria. Para o pesquisador, os norte-americanos têm um sentimento de culpa maior com relação a jogar a comida no lixo “porque são educados conforme a doutrina da religião protestante”. Já para a cultura do brasileiro, o ato de jogar no lixo uma comida que poderia ser reaproveitada “traz um distanciamento da pobreza”.


A compra mensal abundante também foi associada ao desperdício. A prática, acredita Gustavo, pode ser justificada pela instabilidade financeira das famílias pesquisadas, o que as leva a aproveitar promoções do tipo “pague 2 e leve 3”. “Eu fotografei estoques com 18 garrafas de óleo, 15 quilos de arroz, mesmo em casas com apenas um casal e um filho”, atesta o pesquisador.https://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/regulacao-economica/desperdicio-de-alimentos/brasil-um-desperdicador-em-dois-mundos



Acessem os links para absorverem mais conhecimento.




Quais são os custos da perda e desperdício de alimentos?


Escola faz projeto para conscientizar alunos sobre desperdício de alimentos

https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/nossas-novidades/videos/escola-faz-projeto-para-conscientizar-alunos-sobre-desperdicio-de-alimentos/

AULAS PARTICULARES DE REDAÇÃO ON LINE OU PRESENCIAIS. INCLUSIVE AOS SÁBADOS.
Informe-sehttps://www.facebook.com/aula.de.redacao.online/


Nenhum comentário: